Após reunião, Ucrânia e Rússia não fecham acordo sobre gás

  • Por Agencia EFE
  • 17/10/2014 15h53
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Moscou, 17 out (EFE).- Ucrânia e Rússia não fecharam um acordo definitivo sobre a disputa em relação às importações e à passagem do gás russo, após o encontro desta sexta-feira entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Petro Poroshenko.

Na reunião, Putin pediu que a União Europeia ajude à Ucrânia a pagar sua dívida de gás com a Rússia, que estimou em US$ 4,5 bilhões.

“Esperamos que nossos parceiros europeus, a Comissão Europeia, deem uma mão à Ucrânia e ajudem a solucionar este problema do déficit de caixa”, disse Putin em entrevista coletiva na cidade italiana retransmitida ao vivo pela televisão russa.

Putin assegurou que a Rússia não pode “correr mais riscos” em matéria de gás e mencionou como possíveis instrumentos de ajuda financeira à Ucrânia a concessão de créditos por parte da UE, do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou do Banco Europeu.

“Compreendemos o estado financeiro de nossos parceiros ucranianos, que têm autênticos problemas, que sofrem déficit de caixa. Em certa medida, já fizemos concessões nas condições e o pagamento do gás já fornecido, ou seja sobre as dívidas”, declarou.

Por sua parte, Poroshenko admitiu que a Ucrânia e Rússia não tinham alcançado um acordo para a regulação do litígio sobre as importações e o trânsito do gás russo, mas apenas sobre os parâmetros básicos do novo contrato.

O líder ucraniano expressou sua confiança em alcançá-lo durante a reunião que acontecerá no próximo dia 21 de outubro com mediação da União Europeia.

Na véspera, durante sua visita a Belgrado, Putin advertiu que reduziria a provisão de gás natural à Europa caso a Ucrânia desvie o fluxo para seu consumo interno dos gasodutos de passagem por seu território

Nesta sexta, o líder russo lembrou que Moscou está disposto a diminuir até US$ 385 por cada mil metros cúbicos o gás fornecido à Ucrânia no segundo trimestre, com o que a dívida de Kiev se reduziria de US$ 5,3 bilhões a US$ 4,5 bilhões.

No entanto, assegurou que a Rússia e o consórcio Gazprom “não podem correr mais riscos”, e lembrou a concessão de um crédito de US$ 3 bilhões de dólares no final de 2013, quando Viktor Yanukovich, deposto no último mês de fevereiro, era presidente da Ucrânia.

Ao mesmo tempo, Putin ressaltou que “há progressos” em alguns aspectos, como “nas condições de reatamento das provisões de gás, embora seja no inverno”, mas que o problema radica no “déficit de caixa” de Kiev. EFE

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