Após sofrer mal-estar em debate, Dilma cancela atos de campanha no Rio

  • Por Agencia EFE
  • 17/10/2014 20h19

Rio de Janeiro, 17 out (EFE).- A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, cancelou nesta sexta-feira os atos de campanha que tinha previstos para amanhã no Rio de Janeiro por suposta recomendação médica e após o mal-estar que sofreu ontem depois de um debate televisivo.

“As atividades programadas para o sábado foram adiadas por recomendação médica, segundo nos informaram os assessores de Dilma, e ainda não definimos uma nova data”, disse à Agência Efe um porta-voz da campanha do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que também tenta a reeleição e participaria dos comícios ao lado da governante.

De acordo com os assessores de Pezão, a presidente foi aconselhada a adiar sua visita ao Rio de Janeiro perante a previsão que a temperatura na cidade poderá superar os 41 graus centígrados no sábado e até alcançar um recorde histórico.

A assessoria de imprensa da campanha de Dilma, no entanto, não esclareceu o motivo do adiamento e negou que os médicos tenham recomendado que ela não viajasse ao Rio de Janeiro.

Segundo a assessoria, a governante permanecerá o final de semana em Brasília e viajará no sábado a São Paulo para participar de um novo debate de televisão com o candidato à presidência pelo PSDB, Aécio Neves.

A governante, que hoje participou de atos de campanha nas cidades de Florianópolis e Curitiba, cancelou a visita ao Rio após ter sofrido uma queda de pressão no final de um acalorado debate com Aécio promovido ontem pelo SBT.

A própria presidente esclareceu, primeiro em mensagem no Twitter e depois em um vídeo divulgado por sua campanha, que estava “muito bem”.

“Tive uma leve queda de pressão, mas estou muito bem. Quero agradecer a preocupação de todos vocês”, escreveu Dilma ontem nas redes sociais.

A governante teve que pedir licença para sentar-se no momento em que concedia uma entrevista ao final do debate promovido pelo SBT, no qual trocou duras acusações com o tucano, com quem está tecnicamente empatada nas pesquisas de intenções de voto para a disputa de 26 de outubro.

A chefe de Estado, que chegou a dizer palavras sem sentido e teve dificuldades para concluir seu raciocínio na entrevista na qual se sentiu mal, aceitou prosseguir depois de descansar sentada por três minutos e beber um copo de água.

A própria governante admitiu no momento que estava passando mal e com a pressão baixa.

Em conversa com assessores logo após o debate, Dilma revelou que estava passando mal mesmo antes do final do embate devido a uma “hipoglicemia”.

“Eu passei mal porque eu não comi antes de sair. Me deu uma hipoglicemia, eu segurei, continuei falando e depois a gente sabe o que aconteceu”, comentou a candidata em um áudio ao qual a Agência Efe teve acesso.

Na gravação, a presidente demonstra estar recuperada, bem de saúde e faz piada com a situação: “Eu não posso comer ao vivo, né?”.

Dilma, de 66 anos, foi operada em 2009 por um câncer linfático e conseguiu extirpar totalmente a doença por meio de um tratamento de quimioterapia.

Durante a intensa campanha para as eleições presidenciais, a petista se queixou apenas da perda de voz em algumas ocasiões. EFE

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