Após tiroteio a café em Copenhague, Dinamarca entra em alerta máximo
Após o tiroteio a um café em Copenhague, que deixou um morto e três feridos, a Dinamarca entrou em “alerta máximo”, informou a primeira ministra do país, Helle Thorning-Schmidt. “A maior prioridade é prender o agressor”, disse. Segundo ela, a polícia estava com todos os recursos mobilizados para capturar os autores do que classificou como um provável ataque terrorista. “Tudo leva a crer que o tiroteio em Osterbro foi um assassinato político e, portanto, um ato de terrorismo”, afirmou.
O serviço de segurança da Dinamarca também declarou que as circunstâncias do tiroteio ao café “indicam que estamos falando sobre um ataque terrorista”.
Um homem abriu fogo contra o café Krudttoenden, onde se realizava neste sábado um evento a favor da liberdade de expressão organizado pelo artista sueco Lars Vilks, que recebeu diversas ameaças por desenhar caricaturas do profeta Maomé. Segundo a polícia, os tiros foram disparados do lado de fora e atravessaram a janela do estabelecimento.
“Eu vi um homem mascarado correndo”, disse Helle Merete Brix, uma das organizadoras do evento. “Eu considero este um ataque a Lars Vilks”, acrescentou. Ela contou que foi levada para longe do tiroteio juntamente com Vilks por guardas dinamarqueses que sempre o acompanham quando ele está no país. Ele ficou ferido.
A polícia informou que ainda não estava claro o motivo do tiroteio, mas que era possível que Vilks fosse o alvo do ataque. O porta-voz da polícia Joergen Skov disse que possivelmente o atirador planejou o “mesmo cenário” que no massacre ao Charlie Hebdo. Até agora, ninguém reivindicou a autoria do ataque.
Inicialmente a polícia sugeriu que se tratavam de dois atiradores, mas depois informou que acreditava haver apenas um agressor, que teria usado armas automáticas contra o café e depois fugido em um veículo escuro, encontrado mais tarde a poucos quilômetros de distância do local.
O serviço de segurança da Suécia informou que estava compartilhando informações sobre o caso com seus pares dinamarqueses, mas se recusou a dar detalhes.
O presidente francês, François Hollande, chamou o tiroteio de “deplorável” e disse que a primeira ministra Helle Thorning-Schmidt teria “total solidariedade da França” no caso. O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, deve viajar para Copenhague o mais rápido possível.
Após os ataques contra o Charlie Hebdo, Vilks havia dito à Associated Press que cada vez menos organizações o chamavam para eventos devido às preocupações de segurança. Ele afirmou também que achava que o serviço secreto da Suécia, que mantém guarda-costas para protegê-lo, reforçaria ainda mais a segurança em torno dele. Fonte: Dow Jones Newswires e Associated Press.
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