App para celular ajuda consumidor a combater trabalho escravo no Brasil

Trabalho escravo ainda persiste em diferentes setores da economia, mas consumidores também podem se conscientizar para ajudar a combater o crime. O Ministério do Trabalho interditou na última sexta uma confecção na Zona Leste de São Paulo onde estavam 17 peruanos em condições degradantes.

A coordenadora de programas contra o trabalho escravo da Secretaria de Justiça de São Paulo diz que já existem maneiras de se informar sobre o tema. Juliana Arnede cita um aplicativo para celulares desenvolvido pela ONG Repórter Brasil que permite identificar lojas e grifes envolvidas com a prática.

O diretor de políticas públicas do Instituto Ethos acredita que a legislação brasileira tem bons mecanismos, como a lista suja do trabalho escravo. Apesar disso, Caio Magri afirma que esse problema só será erradicado quando todos os setores da cadeia produtiva o considerarem inadmissível.

Desde que o governo federal criou o sistema público de combate a esse crime, em 1995, mais de quarenta e cinco mil pessoas foram libertadas. Não há número preciso sobre quantos escravos existem no Brasil hoje; a Organização Internacional do Trabalho calcula que sejam 20 milhões no mundo.