Aproximação com EUA pode ajudar economia de Cuba, mas embargo ainda prejudica
Santiago (Chile), 29 jul (EFE).- O restabelecimento de relações diplomáticas entre Estados Unidos e Cuba pode melhorar as expectativas econômicas da ilha, embora o embargo americano continue sendo uma barreira para o desenvolvimento do país caribenho, afirmou nesta quarta-feira a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena.
Bárcena apresentou em Santiago um relatório da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal) com a projeção de crescimento econômico da região em 2015.
Segundo o estudo, Cuba contempla um crescimento de 3% do produto interno bruto (PIB) e um aumento de 20% do investimento. As perspectivas são otimistas e a aproximação com os EUA pode dar um respaldo à economia cubana, embora o embargo comercial vigente desde os anos 60 “continue sendo uma formidável barreira”, ressaltou a representante da Cepal.
“Apesar de ter havido uma abertura em alguns setores, como turismo e comércio, a verdade é que o bloqueio continua sendo muito forte e aumentando os custos financeiros para o desenvolvimento de Cuba”, analisou.
Segundo cálculos da Cepal, o embargo americano teve um custo de aproximadamente US$ 117 bilhões para a ilha em 2014.
A abertura do regime cubano em alguns temas e a aproximação com os EUA dinamizarão neste ano alguns setores da economia cubana que atrairão capital estrangeiro, como os campos alimentício, bioquímico, as energias renováveis e a construção.
“Além disso, houve mudanças importantes na legislação, sobretudo na lei de investimento estrangeiro direto e laboral, que seguramente trarão grandes incentivos para os investidores”, acrescentou Bárcena.
Após 54 anos de inimizade, Estados Unidos e Cuba restabeleceram suas relações diplomáticas no dia 20 de julho e abriram embaixadas nas respectivas capitais, sete meses depois do anúncio do presidente americano, Barack Obama, e do líder cubano, Raúl Castro, sobre o início de um processo de degelo. EFE
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