Árabes anunciam greve geral em Israel em protesto por demolições de casas

  • Por Agencia EFE
  • 28/04/2015 12h56
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Jerusalém, 28 abr (EFE).- A minoria árabe de Israel se uniu nesta terça-feira a uma greve geral em Tel Aviv contra as demolições de casas, assim como a falta de habitação e planos urbanísticos em suas comunidades.

O Alto Comitê de Acompanhamento Árabe, que é integrado por deputados árabes, representantes de distritos municipais locais e outros dirigentes que coordenam as atividades políticas do coletivo, organizou a manifestação incomum em Tel Aviv, em uma tentativa de chamar a atenção das autoridades.

De acordo com o Comitê, colégios, comércios e bancos permanecem fechados durante esta dia de greve geral.

A habitação se transformou em um assunto de destaque na agenda política desta minoria, que representa cerca de 20% da população dos 8,2 milhões de habitantes de Israel, segundo meios de comunicação locais.

Atualmente, cerca de 60 mil casas em povoações árabes contam com ordens de demolição emitidas pelas autoridades locais.

O Comitê árabe argumenta que a solução para estes problemas é legalizar retroativamente a maior parte das casas construídas em terras privadas próximas às comunidades existentes e ampliar as permissões que o governo outorga aos municípios árabes para requalificar terrenos para a construção.

Aos assuntos se somam as reivindicações próprias dos árabes com cidadania israelense, em sua maioria de origem palestina, cujos dirigentes denunciam com frequência que são considerados cidadãos de segunda e denunciam as políticas e comentários racistas de alguns políticos.

O último e famoso incidente foi protagonizado pelo próprio primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nas eleições de 17 de março, quando pediu ao eleitorado o voto para impedir que os árabes “fossem em massa” às urnas.

Essas declarações provocaram o repúdio da Lista Árabe Conjunta, plataforma que se consolidou como terceira força política no pleito, assim como do próximo chefe da oposição, o trabalhista Isaac Herzog, e do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Os árabes com cidadania israelense são os palestinos e seus descendentes que ficaram no território quando nasceu o Estado de Israel em 1948. EFE

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