Arábia Saudita condena ativista dos Direitos Humanos a 15 anos de prisão
Riad, 6 jul (EFE).- O Tribunal Penal de Jidá, na Arábia Saudita, condenou neste domingo o ativista dos Direitos Humanos Walid Abuljeir a 15 anos de prisão, além de uma multa equivalente a US$ 53 mil, informou a agência saudita de notícias “SPA”.
Abuljeir foi considerado culpado por “insultar o Estado, seus funcionários e o Poder Judiciário, manipular a opinião pública e descreditar a Arábia Saudita perante organizações internacionais”.
O ativista também foi condenado por “utilizar documentos falsos contra a reputação do Estado e por falar em seu nome utilizando dados e versões errôneas, além de atentar contra a ordem pública”.
Além da condenação e da multa aplicada, o tribunal proibiu o ativista de viajar ao exterior pelo período de 15 anos, uma vez que deixe a prisão e feche seu site, apontado como a principal prova usada para aplicar tal sentença.
Em setembro de 2011, Abuljeir começou a ser julgado por desprezo à justiça, manter contato com estrangeiros, exigir uma monarquia constitucional no país, manchar a reputação do país em veículos internacional e incitar à opinião pública contra a ordem estabelecida.
Walid Abuljeir, de 35 anos, foi reconhecido pela revista americano “Forbes” como uma das 100 personalidades árabes mais influentes no Twitter.
Marido da defensora dos Direitos Humanos saudita Samar Badaui, conhecida por ter denunciado a proibição das mulheres de dirigir em seu país, foi detido no último 15 de abril e, desde então, seguia preso em caráter provisório. EFE
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