Arábia Saudita defende sua política humanitária para os sírios após críticas
Riad, 12 set (EFE).- As autoridades sauditas asseguraram que o reino recebeu 2,5 milhões de sírios desde o início do conflito em 2011 e contribuiu com US$ 700 milhões para ajudar os refugiados.
Com base nesses números, uma fonte do Ministério das Relações Exteriores saudita, citada pela agência oficial “SPA”, defendeu ontem à noite a política de Riad diante das críticas que o reino não acolhe refugiados sírios apesar de sua riqueza.
Essas informações foram tachadas de “errôneas” pela fonte, que ressaltou que a Arábia Saudita lidou com a situação de uma “perspectiva humana e religiosa”.
Segundo a fonte, o reino não tratou os sírios como refugiados nem estabeleceu campos para eles, mas lhes deu liberdade de movimento.
Aqueles que decidiram permanecer no país – centenas de milhares dos 2,5 milhões, segundo Riad – receberam residência, atendimento médico gratuito, educação e possibilidade de integrar-se no mercado de trabalho.
As autoridades sauditas calculam que mais de 100.000 estudantes sírios foram aceitos nas escolas públicas, acrescentou a fonte.
Outra das medidas adotadas foi a de oferecer ajuda humanitária para os refugiados assentados em países vizinhos da Síria como Jordânia e Líbano.
A fonte de Exteriores ressaltou que esta ajuda chega a US$ 700 milhões e inclui alimentos, remédios e recursos para o alojamento dos deslocados.
Além disso, estabeleceu clínicas no campo de refugiados jordaniano de Zaatari e doou dinheiro a famílias sírias que vivem no Líbano e na Síria para pagar o aluguel e suas necessidades básicas.
Perante a crise atual de refugiados surgiram várias vozes que criticaram que as ricas monarquias do Golfo, que não assinaram a Convenção dos Refugiados, oferecem dinheiro, mas não acolhem sírios em seu território.
Organizações como Anistia Internacional e Human Rights Watch denunciaram este mês em diferentes relatórios que estes países não acolheram nenhum refugiado.
Por sua parte, destacadas figuras religiosas e intelectuais sauditas se uniram a uma campanha nas redes sociais para pressionar às autoridades. EFE
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