Arábia Saudita receberá treinamento de rebeldes sírios a pedido dos EUA
Washington, 10 set (EFE).- A Arábia Saudita aceitou o pedido dos EUA para atuar como base de operações na campanha para treinar e equipar combatentes moderados da oposição síria na luta contra o Estado Islâmico (EI), informaram nesta quarta-feira fontes oficiais americanas.
Longe de realizar esse treino no conturbado território sírio ou na Jordânia, onde a CIA já assessorou rebeldes de forma encoberta, a nova operação se desenvolveria na Arábia Saudita, um aliado-chave dos EUA na ofensiva diplomática contra o regime de Bashar al Assad e no apoio à oposição síria.
“Temos o compromisso da Arábia Saudita para ser um aliado completo para nós neste plano, incluído como anfitrião desse programa de treinamento”, assinalou aos jornalistas uma alta funcionária americana que pediu o anonimato.
“Isto não incluiria a equipe americana na Síria, tudo aconteceria na Arábia Saudita”, acrescentou a fonte.
Obama ligou hoje para o rei saudita, Abdullah bin Abdul Aziz, que respaldou o plano de treinar os rebeldes sírios na luta contra o EI, que se infiltrou na guerra civil síria para expandir seu controle territorial aproveitando o caos bélico.
“O presidente e o rei concordaram com a necessidade de aumentar o treinamento e em equipar a oposição moderada síria, de forma consistente com a proposta que o presidente Obama fez ao Congresso americano”, indicou a Casa Branca em comunicado.
A Arábia Saudita proporcionou ajuda letal aos rebeldes sírios e há dois anos pede que os Estados Unidos façam o mesmo, o que só havia acontecido até agora através da CIA, que assessorou e dotou os rebeldes de armamento leve.
“Parte da razão pela qual não proporcionamos armas antes é porque temíamos que caíssem em mãos de gente como o EI, mas agora já temos uma relação de dois anos com a oposição síria e estamos mais seguros de nossas opções”, indicou outro alto funcionário.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, chegará nesta quinta-feira à Arábia Saudita para se reunir em Jidá com representantes sauditas e de Kuwait, Emirados Árabes Unidos (EAU), Bahrein, Omã, Catar, Jordânia, Egito e Turquia, para dar forma à coalizão internacional contra o EI. EFE
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