Arcebispo Auza divulga detalhes da visita de Francisco a Nova York

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2015 19h00

Nova York, 9 set (EFE).- O arcebispo filipino Bernardito Auza, representante do Vaticano perante a Organização das Nações Unidas (ONU), revelou aos jornalistas nesta quarta-feira os detalhes dos atos que o papa Francisco irá liderar em Nova York.

O pontífice, que começará sua visita aos Estados Unidos no dia 22 de setembro, com duração de cinco dias, passará por Washington, Nova York e Filadélfia. No dia 25, ele irá à sede central da ONU. Lá, ficará por duas horas e meia, já que foi convidado para comemorar os 70 anos da criação do Sistema das Nações Unidas.

Ao chegar, ele se encontrará com a equipe da entidade por cerca de meia hora. Em seguida, Francisco irá discursar na cúpula sobre o desenvolvimento convocada pela ONU e que deve contar com a presença de vários chefes de Estado e de governo.

De acordo com o arcebispo Auza, em seu discurso, Francisco abordará temas como a luta contra a pobreza e o acesso universal para os sistemas de saúde, além da necessidade de reforçar o diálogo na comunidade internacional.

Depois disso, o pontífice se reunirá com o secretário-geral Ban Ki-moon e com os presidentes das 69ª e 70ª sessões da assembleia geral, o ugandense Sam Kahamba Kutesa e o dinamarquês Mogens Lykketoft, respectivamente, assim como com o presidente russo, Vladimir Putin, cujo país preside este mês o Conselho de Segurança da ONU.

O representante do Vaticano na ONU lembrou que a última visita de um papa à sede da instituição foi a de Bento XVI, em 2008. João Paulo II esteve em duas ocasiões, em 1979 e 1995, e Paulo VI foi o primeiro a ir as Nações Unidas, em 1965.

A visita do papa a Nova York inclui no dia anterior uma jornada de oração na Catedral de St. Patrick, um ato inter-religioso no Memorial & Museu Nacional do 11 de Setembro, uma visita a uma escola católica no Harlem e uma missa no Madison Square Garden. Durante sua estadia em Nova York, Francisco ficará na residência do núncio apostólico, na Avenida Madison.

O Vaticano é observador permanente da ONU desde 1964. Em 2002, recebeu o convite para se tornar Estado-membro com todos os direitos, mas a Santa Sé rejeitou a oferta, entre outras razões, para garantir sua imparcialidade política.

Além do Vaticano, só a Autoridade Nacional Palestina é observador permanente na ONU. Entre as limitações que essa posição envolve há a impossibilidade de votar e de apresentar candidatos a determinados postos no Sistema da ONU. EFE

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