Argentina inicia neste domingo um intenso calendário eleitoral

  • Por Agencia EFE
  • 12/04/2015 14h51

Buenos Aires, 12 abr (EFE).- A Argentina inicia neste domingo um intenso calendário eleitoral com primárias na província de Salta, a primeira de uma extensa série de pleitos que terminará em 25 de outubro com as eleições presidenciais.

A corrida seguirá com primárias – de voto obrigatório – em vários distritos, entre eles a capital Buenos Aires, no próximo dia 26, que servirão de termômetro para o clima político antes dos pleitos gerais.

O processo medirá a força dos grandes partidos que se enfrentarão pela presidência, o governante Frente para a Vitória (FPV, peronista), o conservador Proposta Republicana (Pró) liderado pelo prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, aliado da União Cívica Radical (UCR), e da Frente Renovadora (FR), encabeçada pelo peronista dissidente Sergio Massa.

Em Salta, os 937.000 eleitores convocados definirão os candidatos que concorrerão em 17 de maio ao governo entre o atual governador, o kirchnerista Juan Manuel Urtubey, e o renovador Juan Carlos Romero.

Pela primeira vez, se abre a porta a um membro do esquerdista Partido Operário ao governo da capital de Salta.

Uma semana depois, em 19 de abril, na segunda parada do calendário eleitoral, Mendoza e Santa Fé realizarão suas primárias.

Em Mendoza, com um censo de 1,3 milhões de eleitores, a UCR tenta recuperar o governo com Alfredo Cornejo, prefeito de Godoy Cruz, enquanto o peronismo realizará um processo interno para escolher seu candidato às eleições a governador de 21 de junho.

Em Santa Fé, com 2,5 milhões de cidadãos convocados a votar nas primárias, o Pró apresenta o humorista Miguel del Sel e radicais e socialistas definirão seu aspirante para o pleito ao governo de 14 de junho entre o atual prefeito da cidade, o socialista Miguel Lifschitz, e o deputado radical Mario Barletta.

Uma semana depois, em 26 de abril, será a vez das primárias na capital argentina, aonde a eleição à prefeitura será definida em 5 de julho.

Os olhares estão postos na primária do governante Pró, com dois candidatos em disputa, a senadora Gabriela Michetti e o chefe de gabinete, Horacio Rodríguez Larreta, este último com a bênção de Macri.

Por sua vez, o kirchnerismo apresenta vários aspirantes, enquanto a FR apostará no ex-secretário de Finanças, Guillermo Nielsen.

No mesmo dia, Neuquén escolherá seu governador entre o prefeito da capital provincial, o radical Horacio Quiroga, que lidera uma aliança local para terminar com meio século de hegemonia do Movimento Popular Neuquino, aliado do peronismo, que concorrerá com o ministro da Economia da província, Omar Gutiérrez.

Em 24 de maio, as primárias no Chaco definirão os nomes que em 20 de setembro disputarão o governo. O kirchnerista Daniel Capitanich tentará suceder seu irmão, o ex-chefe de gabinete da presidente Cristina Krichner, Jorge Capitanich, contra a prefeita de Resisténcia, a radical Aída Ayala.

Já no dia 14 de junho, a FR porá em jogo o único governo que controla, em Río Negro, onde Alberto Weretilneck concorrerá pela reeleição contra o kirchnerista Miguel Pichetto e o ex-governador radical Horacio Massachessi.

Por sua vez, em 21 de junho será eleito o governador da Tierra del Fuego e em 5 de julho as urnas serão abertas em Córdoba e La Rioja.

Os resultados desta sequência de pleitos provinciais impactarão nas primárias nacionais, de 9 de agosto, nas quais Macri concorrerá com o presidente da UCR, Ernesto Sanz, e a líder da Coalizão Cívica, Elisa Carrió, para definir um candidato único da aliança dessas três forças para as eleições presidenciais.

Por outro lado, a FR apresentará Massa como único seu pré-candidato nas primárias.

A interna mais quente é esperada justamente no seio do atual governo, com um leque de candidatos para suceder Cristina Kirchner, entre eles o governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, e o ministro do Interior e Transporte, Florencio Randazzo.

Após este processo, em 20 de setembro começará a campanha para as gerais, nas quais se elegerá presidente, se renovará parte do parlamento e, pela primeira vez por voto popular, se decidirão os representantes argentinos do parlamento do Mercosul.

Em 25 de outubro, além disso, 11 províncias elegerão seu governador. EFE

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