Ashton pede em Teerã apoio dos iranianos para negociações nucleares

  • Por Agencia EFE
  • 09/03/2014 06h43

Teerã, 9 mar (EFE).- A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, iniciou neste domingo a agenda oficial de sua visita ao Irã com uma reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mohamad Yavad Zarif, e pediu aos iranianos que apoiem as negociações nucleares.

O diálogo nuclear é “difícil, desafiante e não há garantias de sucesso. Mas acho que é muito importante o apoio do povo do Irã ao trabalho que está sendo feito pelo ministro (Zarif) e sua equipee o apoio da comunidade internacional ao meu trabalho, para que tentemos ter êxito”, disse Ashton em uma entrevista coletiva conjunta após a reunião.

A diplomata europeia deixou claro que esta visita, a primeira de alto nível da UE ao Irã em quase seis anos, tem um objetivo bilateral e que ela não viaja representando o Grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e o Reino Unido – mais a Alemanha), que realiza as negociações nucleares com Teerã.

Assim, ressaltou o “potencial” das relações bilaterais entre a República Islâmica e os países da UE, que pode se desenvolver após chegarem a um acordo em matéria atômica.

Ashton e Zarif debateram sobre “a terrível situação na Síria, o futuro do Afeganistão e os problemas com o narcotráfico”, explicou a chanceler.

E falaram sobre “o potencial de diálogo de direitos humanos no futuro” e as fórmulas para avançar nesse campo.

Ontem, Dia Internacional da Mulher, a chefe da política externa europeia manteve um encontro privado com ativistas de direitos humanos iranianos, com as quais discutiu as “questões que afetam as mulheres no Irã, na Europa e no mundo”, assinalou.

O titular iraniano das Relações Exteriores, por sua vez, reiterou o compromisso do Irã de chegar a um acordo em matéria nuclear com a comunidade internacional e assinalou que este pode ser alcançado “nos quatro ou cinco meses” que ainda restam do prazo estipulado em novembro, assim que se chegar assim que se chegar a “uma solução respeitosa com os direitos dos iranianos”. EFE

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