Aspirações do filho da Cristina Kirchner aquecem clima político na Argentina

  • Por Agencia EFE
  • 08/04/2015 16h11
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Buenos Aires, 8 abr (EFE).- A aparição de cartazes que lançam Máximo Kirchner, filho da governante argentina Cristina Kirchner, como candidato à presidência para as eleições de outubro aqueceu o clima político no país e provocou polêmica inclusive entre as fileiras kirchneristas.

“Máximo no governo, Cristina no poder”, dizem os cartazes com a foto de mãe e filho abraçados, que foram feitos pelo agrupamento kirchnerista Frente Transversal que é dirigido pelo deputado do governista Frente para a Vitória Edgardo Depetri.

A propaganda apareceu nas ruas de Buenos Aires apenas dias depois que o próprio Máximo Kirchner, líder do Cámpora, a organização das juventudes kirchneristas impulsionada pelo falecido ex-presidente Néster Kirchner (2003-2007), abrisse a porta para concorrer nas eleições, sem concretizar para qual cargo.

A iniciativa da Frente Transversal foi questionada por alguns setores do Governo, como o próprio chefe de Gabinete do governo, Aníbal Fernández.

“Ele esqueceu do respeito pelos outros”, disse hoje o funcionário.

Para Depetri, ao contrário, Máximo Kirchner “está em condições de assumir a liderança” e “é a expressão dos novos tempos que o país vive”.

Juan Cabandié, do Cámpora, também considerou que Máximo pode ser candidato à Presidência, enquanto, mais moderado, o dirigente Andrés “El Cuervo” Larroque apontou que deveria concorrer por cadeiras no Congresso.

A presidente das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, foi um passo além e assegurou que “com a aparição de Máximo, a oposição mostrou um grande temor. É um tipo inteligente, brilhante, humilde, e sabe muitíssimo de política”.

A oposição não esperou para se manifestar. “Fico feliz que (Máximo) tenha saído da escuridão e que fale”, disse o chefe do governo da cidade de Buenos Aires, Mauricio Macri, candidato presidencial pela conservadora Proposta Republicana (Pró).

Máximo Kirchner, de 38 anos, integra o círculo íntimo no qual apoia-se a presidente no dia a dia.

O filho da governante estreou em público em setembro, em um comício organizado pelo Cámpora, mas não voltou a liderar nenhum ato público.

Analistas locais especulam sua possível candidatura à Prefeitura de Río Gallegos, a capital da província que seu pai governou, ou sua inclusão em uma lista de legisladores.

Se fosse eleito para algum cargo público, Máximo Kirchner estaria blindado caso avancem as causas judiciais que o relacionam com supostos casos de corrupção, como a investigação sobre irregularidades na Hotesur, uma empresa de propriedade da presidente e seu filho na Patagônia argentina. EFE

mar/ff

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