Assad diz que irá contribuir com novo mediador para acabar com conflito
Damasco, 11 set (EFE).- O presidente da Síria, Bashar al Assad, manifestou nesta quinta-feira ao novo enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, a disposição de seu governo de colaborar para se encontrar uma solução política ao conflito no país.
Assad ofereceu ao mediador o “apoio e a cooperação necessária para a missão ter êxito, em nome do povo sírio e para se encontrar uma solução que garanta o fim do terrorismo”, segundo a agência de notícias oficial “Sana”.
Ambos se reuniram hoje em Damasco durante a primeira visita de De Mistura ao território sírio desde sua nomeação em julho.
Assad ressaltou que o sucesso do diplomata sueco-italiano em sua missão será “o êxito da Síria e de seu povo”.
Na opinião do presidente, o país e a região devem ter como prioridade a luta contra o terrorismo, que segundo ele se transformou em um grande perigo para todo o mundo.
Assad considerou que qualquer progresso neste aspecto reforçará a reconciliação nacional que está sendo realizada em várias áreas da Síria como ponto de partida para um diálogo entre os cidadãos.
De Mistura destacou que a luta contra o terrorismo se transformou em uma prioridade mundial, mas sugeriu que este combate deve ser feito seguindo as resoluções internacionais.
“Os grupos terroristas devem ser confrontados e isso está claro”, afirmou o mediador, que, no entanto, ressaltou a necessidade de que toda ação seja feita de acordo com a resolução 2170 do Conselho de Segurança da ONU, que contempla sanções contra os grupos jihadistas Estado Islâmico e Frente al Nusra.
Segundo De Mistura, a luta antiterrorista e a aceleração do processo político poderiam melhorar a situação de segurança e a vida cotidiana das famílias sírias.
De Mistura chegou há dois dias no país árabe para tentar buscar uma saída pacífica para a guerra, após o fracasso de seus dois antecessores no cargo.
De Mistura foi nomeado enviado especial para a Síria em julho pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em substituição de Lakhdar Brahimi, que renunciou em 31 de maio.
O regime sírio se mostrou muito crítico a Brahimi, acusado de ser “parcial” por rejeitar a realização das eleições presidenciais de junho, vencidas por Assad, e ao considerar que dinamitava qualquer oportunidade de diálogo entre o governo e oposição. EFE
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