Assange diz estar decepcionado por não poder se defender de acusações
Londres, 13 ago (EFE).- O fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse nesta quinta-feira estar “extremamente decepcionado” pela decisão da promotoria sueca de encerrar uma parte das acusações que pesam sobre ele pelas acusações de assédio sexual contra cidadãs suecas terem prescrito.
“Não havia necessidade de nada disto. Sou inocente. Nem tinham apresentado acusações. Desde o princípio ofereci soluções simples. Ir à embaixada para prestar declaração ou que me prometessem que não me enviariam aos Estados Unidos”, disse Assange em declarações publicadas pela agência de notícias britânica “PA”.
“As autoridades suecas rejeitaram ambas as propostas”, continuou o ativista, que está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde junho de 2012, quando a promotoria sueca apresentou a ação contra ele.
A parte da acusação descartada se refere aos crimes de assédio sexual que teriam sido cometidos em 2010, mas ainda está de pé a acusação de estupro, que só prescreve em 2020.
“Isto vai além da incompetência. Eu sou forte, mas o custo que tem isto para minha família é inaceitável. Embora tenha sido tratado indevidamente, eu gostaria agradecer a muita gente na Suécia e no Reino Unido que compreendeu o mal que foi feito a mim e à minha família”, acrescentou Assange.
A promotoria sueca abandonou as acusações por não ter conseguido apresentar a tempo uma acusação formal suficientemente fundamentada para levá-la adiante, já que não pôde interrogar Assange.
O fundador do Wikileaks se negou reiteradamente a ir à Suécia para responder a essas acusações, por considerar que existia o risco de dali ser extraditado aos Estados Unidos.
A alternativa teria sido realizar o interrogatório na embaixada equatoriana de Londres, mas para isso precisava da autorização das autoridades britânicas, além das de Quito, o que até agora não obteve. EFE
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