Assembleia francesa vota “lei Macron” para liberalizar economia
Paris, 17 fev (EFE).- A Assembleia Nacional da França submeterá a votação nesta terça-feira, em primeira leitura, a chamada “lei Macron” para liberalizar alguns setores da economia, uma votação que será muito ajustada após 190 horas de debate parlamentar nas últimas três semanas.
O projeto de lei “para o crescimento, a atividade e a igualdade de oportunidades”, que leva o nome do ministro da Economia, Emmanuel Macron, procura dinamizar setores da economia francesa.
Entre os 200 artigos do texto se destacam as iniciativas para ampliar – de cinco para 12 – os domingos nos quais os comércios podem abrir nas áreas turísticas, a desregularização de certas profissões como notários e a liberalização de setores como o transporte público de ônibus.
Esses são alguns dos pilares das reformas econômicas do governo socialista do primeiro-ministro, Manuel Valls. É, além disso, o primeiro grande empecilho para o novo ministro da Economia, que em setembro sucedeu Arnaud Montebourg, artífice do primeiro esboço do projeto de lei.
Tudo faz pensar que sua aprovação – que em seguida deverá passar pelo exame do Senado francês – está por um fio.
Em linhas gerais a esquerda se critica o texto por ser liberal demais e a direita julga que o projeto de lei não trará um crescimento significativo à maltratada economia francesa.
O Partido Socialista (PS) não tem maioria absoluta na Assembleia Nacional, e nem todas as cadeiras socialistas votarão a favor do texto.
Salvo mudanças de última hora, espera-se que grande parte dos chamados deputados “rebeldes” do PS, em virtude de sua liberdade de voto, não referendem o texto, da mesma forma que os parlamentares da Frente de Esquerda e os ecologistas.
O primeiro partido da oposição, o conservador União por um Movimento Popular (UMP), também pode votar majoritariamente contra, indicou o presidente de seu grupo parlamentar, Christian Jacob. Já os centristas da UDI, a priori, se absterão ou votarão a favor, antecipou seu porta-voz no plenário, Philippe Vigier.
“Segundo os últimos cálculos efetuados pelos conselheiros do primeiro-ministro e do ministro da Economia, a maioria não está garantida, faltariam alguns votos”, resumiu o diário “Le Monde”. EFE
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