Assessor de Obama anuncia sanções “nos próximos dias” se Rússia não recuar

  • Por Agencia EFE
  • 16/03/2014 12h43
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Um alto assessor do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, antecipou neste domingo que os Estados Unidos vão impor sanções “nos próximos dias” contra a Rússia se o Kremlin não voltar atrás em sua intervenção na república autônoma ucraniana da Crimeia, que realiza este domingo um referendo sobre sua reincorporação à Rússia.

“Estamos pondo toda a pressão possível sobre os russos” para que façam “o correto” na Ucrânia, disse Dan Pfeiffer, um alto assessor de Obama, no programa “Meet the Press” da rede de TV “NBC”.

Na semana passada, Obama havia aprovado, por meio de uma ordem executiva, sanções contra algumas pessoas, algumas delas russas, “responsáveis ou cúmplices na ameaça à soberania e à integridade territorial” ucranianas.

Segundo Pfeiffer, o presidente russo, Vladimir Putin, tem duas opções sobre a crise ucraniana: “Vai continuar se ilhando ainda mais, danificando mais sua economia, diminuindo ainda mais a influência da Rússia no mundo, ou vai a fazer o correto”.

O assessor evitou dizer se Obama cogita dar ajuda militar ao novo governo interino ucraniano, como pediram alguns senadores americanos, e comentou apenas que estão sendo estudadas “todas as formas de assistência”.

Além disso, Pfeiffer pediu que o congresso americano aprove o mais rápido possível um projeto de lei de ajuda econômica à Ucrânia, após o Comitê das Relações Exteriores do Senado já ter dado sinal verde.

O debate no congresso sobre se deve vincular ou não esse plano de ajuda à ratificação da reforma do sistema de cotas do FMI desacelerou o avanço de um pacote de US$ 1 bilhão para a Ucrânia, cuja aprovação é improvável antes do final de mês.

Em um editorial publicado hoje, o jornal “The Washington Post” afirma que, após o “fracasso” dos esforços diplomáticos para evitar o referendo na Crimeia, os Estados Unidos e seus aliados “devem projetar uma nova política para o regime de Vladimir Putin: um esforço a longo prazo para resistir e eventualmente reverter sua agressão”.

Enquanto, vários senadores estão pedindo ao governo de Obama mais firmeza na relação com Putin.

A Administração de Obama “está criando um ar de permissividade”, questionou o senador republicano Bob Corker em entrevista à emissora de TV “Fox News”, ao tempo que seu colega democrata Robert Menéndez disse à mesma rede que Putin “só entende (a linguagem de) a força”.

Por sua vez, o senador republicano John McCain sustentou em uma entrevista à emissora “CNN” que os EUA precisam realizar uma “reavaliação” da relação com Putin, o que segundo sua opinião passa por “tratá-lo como o que é”, uma pessoa “que acredita na restauração do antigo império russo”.

McCain e outros sete senadores republicanos e democratas acabam de retornar de Kiev, aonde viajaram nesta semana para mostrar seu apoio ao governo interino da Ucrânia. EFE

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