Assessor de presidente polonês critica EUA por tentarem de prender Polanski
Varsóvia, 4 nov (EFE).- Um assessor do presidente da Polônia acusou os Estados Unidos de “total ignorância” por tentar prender o diretor de cinema Roman Polanski durante a inauguração do museu de História Judaica, que aconteceu na semana passada em Varsóvia.
Para Tomasz Nalecz, assessor do presidente da Polônia, Bronislaw Komorowski, tentar prender o diretor durante sua presença na capital polonesa foi algo “inadequado”.
Roman Polanski, judeu polonês naturalizado francês, é um “criança do Holocausto que quis assistir à inauguração do museu que reúne a história dos judeus na Polônia”, disse Nalecz nesta terça-feira em entrevista à emissora “TVN”24.
A primeira-ministra da Polônia, Ewa Kopacz também se mostrou contrária à extradição de Polanski.
Ela disse ontem à imprensa local que “os cidadãos poloneses não deveriam estar sujeitos à extradição, especialmente quando é pedida por crimes prescritos”.
A polícia americana mantém uma ordem de busca e prisão contra Roman Polanski desde 1977, quando o cineasta fugiu do país antes de ser condenado por ter relações sexuais com uma jovem de 13 anos de idade, crime que já teria prescrito na Polônia.
No último dia 29 os Estados Unidos pediram às autoridades polonesas a detenção do diretor, mas a promotoria da Polônia negou o pedido.
Um dia depois Polanski se apresentou ao o escritório da promotoria da Cracóvia (no sul da Polônia), onde deu uma declaração e saiu em liberdade. EFE
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