Associação dos Familiares das Vítimas acredita que Airbus também é culpada por tragédia do voo 3054 da TAM

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2014 12h32
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Desastre Aéreo do Airbus-A320 da TAM: Avião da Gol decola do Aeroporto de Congonhas no dia da reabertura da pista depois do acidente com o Airbus-A320 da empresa. O avião caiu em 17 de julho de 2007 quando tentava pousar, às 18h50, sob chuva em São Paulo. Ao tentar pousar, o Airbus-A320, vôo JJ 3054 da TAM, passou em um vôo rasante sobre os veículos que estavam na avenida Washington Luís, uma das mais movimentadas do país, e acabou se chocando contra o prédio da TAM Express e um posto de gasolina, explodindo em chamas. (São Paulo (SP). 22.07.2007. Foto de Rodrigo Paiva/Folhapress) Rodrigo Paiva/Folhapress Acidente com avião 3054 airbus tam

A fabricante de aviões Airbus culpou os dois pilotos e as condições do aeroporto de Congonhas pelo acidente do voo 3054 da TAM em julho de 2007, em São Paulo. Em entrevista à JOVEM PAN, nesta segunda-feira (01), o presidente da Associação dos Familiares e Apoio às Famílias das Vítimas, Dário Scott, disse que o posicionamento da empresa europeia é uma tentativa de se eximir da responsabilidade.

“(…) Mas que eles têm responsabilidade, com certeza, têm. Esse alarme que, na matéria eles estão dizendo, ofereceram a TAM e a TAM não pôs, isso deveria ser obrigatório. É um instrumento de segurança para a aviação e não pode ser opcional. (…) Eu acho que isso não tem sentido”, afirmou.

Scott ressaltou ao repórter JOVEM PAN Thiago Uberreich que houve um crime e, por essa razão, a associação busca a criminalização a partir da responsabilidade de cada parte envolvida. Para ele, ocorreram falhas que devem ser julgadas pela Justiça.

“Para nós, mesmo que não tivesse ocorrido a morte das 199 pessoas, o crime existiu, de expor ao perigo. Nós temos, aí, o agravante da morte das 199 pessoas. Esse avião nunca deveria ter sido despachado para o aeroporto de Congonhas”, declarou.

Ainda segundo Scott, que, agora, a questão é de “um empurrar para o outro” e cobrou punição. “As 199 vítimas não voltam e eu acho que a gente tem que, realmente, apontar que esse crime existiu, os responsáveis têm ser punidos de uma forma exemplar para que não volte ocorrer isso no nosso país“.

*Ouça a entrevista completa no áudio

 

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