Astori diz que financiamento brasileiro a porto marítimo uruguaio é possível

  • Por Agencia EFE
  • 29/04/2014 18h38
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São Paulo, 29 abr (EFE).- O vice-presidente do Uruguai, Danilo Astori, disse nesta terça-feira em São Paulo que o financiamento brasileiro para a construção de um “porto de grande porte” na província uruguaia de Rocha é “uma das possibilidades”, embora tenha esclarecido que não seria a única fonte de recursos para dar andamento ao projeto.

“É uma possibilidade que não deve ser descartada, mas hoje não é segura. É uma das possibilidades, mas não é a única. Além disso, porque um porto de grande porte em águas marítimas profundas pode ter mais de uma fonte de financiamento”, afirmou Astori à Agência Efe depois de participar de um seminário empresarial em São Paulo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negou na semana passada que esteja estudando neste momento o financiamento da construção do porto marítimo uruguaio em águas profundas, como publicou o jornal “O Globo”.

O BNDES “reitera que não está analisando nenhum pedido de financiamento referente ao Porto de Rocha, no Uruguai”, diz um comunicado do banco.

A instituição esclareceu, no entanto, que seus empréstimos no exterior são dirigidos a projetos que “demandam exportação de bens e serviços brasileiros” e que atendam aos interesses do país.

Na semana passada, o jornal “O Globo” informou que o BNDES pretendia financiar o porto em Rocha, através de mecanismos do Mercosul, e apontou que os recursos entregues a uma construtora brasileira para o projeto somariam US$ 1 bilhão. O financiamento, de acordo com o jornal, teria um modelo similar ao que a entidade utilizou em Cuba para a melhora da infraestrutura do porto de Mariel.

Astori reconheceu que o BNDES “está presente no Uruguai (há um escritório de representação em Montevidéu) e é uma grande instituição para este tipo de projetos”.

“Não conheço o modelo aplicado pelo BNDES em Cuba, mas no Uruguai poderia ser um pouco diferente”, apontou o vice-presidente, que reiterou que o financiamento brasileiro “é apenas uma possibilidade”.

Astori foi o encarregado de abrir o seminário “Uruguai: Plataforma de expansão regional” realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e organizado, entre outros, pelo Instituto de Promoção de Investimentos e Exportações e Serviços (Uruguay XXI). EFE

wgm/cdr

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