Ataque a jogo de críquete no Afeganistão acaba com 27 sequestrados e 2 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h02

Cabul, 8 mai (EFE).- Pelo menos duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas em um ataque armado durante uma partida de críquete no sudeste do Afeganistão, onde também foram sequestrados 27 espectadores, em sua maioria menores, informou nesta sexta-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

Um grupo de supostos insurgentes abriu fogo contra várias pessoas que durante a tarde jogavam críquete em um campo esportivo do distrito de Zurmat, na província de Paktia, disse o vice -governador provincial, Abdul Wali Sahi.

Dois jogadores, um deles um policial fora de serviço, morreram durante o tiroteio, enquanto outros quatro homens e duas mulheres ficaram feridos e tiveram que ser levados a um hospital da zona.

Quando deixaram o local, os atacantes levaram 27 pessoas à força que se encontravam no campo vendo a partida, indicou Sahi, que especificou que 24 deles são menores.

“Lançamos operações para resgatar as crianças até a passada meia-noite, mas tivemos que pará-las por conta da escuridão”, explicou à Agência Efe o chefe de Segurança de Paktia, o general Dastageer Rustamyar.

O alto cargo militar assegurou que esses trabalhos serão retomados hoje e que as forças de segurança afegãs rodearam os insurgentes perto das montanhas, por isso que não será possível levar os reféns a zonas florestosas.

Ambas as fontes atribuíram o ataque aos talibãs, mas nenhum grupo insurgente reivindicou por enquanto sua autoria.

O número de sequestros aumentou nos últimos meses no Afeganistão.

Também em Paktia, 19 trabalhadores de uma companhia foram raptados há duas semanas e libertados após dois dias de cativeiro.

Autoridades locais acusaram recentemente o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) de capturar membros da minoria étnica hazara e muçulmanos xiitas em vários pontos do país.

Entre estes casos destaca-se o de um grupo de 31 xiitas hazaras que permanecem em paradeiro desconhecido desde o final de fevereiro, quando foram sequestrados na sulina província de Zabul. EFE

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