Ataque causa 17 mortes no norte do Afeganistão, entre elas 4 soldados da Otan

(Eleva número de vítimas e acrescenta detalhes).

Cabul, 8 jul (EFE).- Ao menos 17 pessoas – dez delas civis e quatro militares da Otan – morreram e outras oito ficaram feridas nesta terça-feira em um atentado suicida em frente a uma clínica médica na província de Parwan, no norte do Afeganistão, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

O atentado aconteceu às 7h locais (23h30 de Brasília da segunda-feira) na região de Qalandarkhel Bagram e, além dos civis e dos membros da Otan, de nacionalidade tcheca, dois policiais e o suicida morreram, detalhou o porta-voz do governador provincial, Wahid Seddiqi.

Um dos feridos é uma criança, acrescentou.

O suicida detonou o colete que carregava com explosivos em frente à clínica médica.

Um porta-voz das forças da Otan no Afeganistão (Isaf) garantiu à Efe que dois dos militares morreram no local do atentado e os outros dois quando eram atendidos e não resistiram aos ferimentos graves que sofreram.

A Isaf não confirmou a nacionalidade dos falecidos, algo que corresponde a cada Estado da organização multilateral.

Segundo informações proporcionadas pelo site independente “icasualties”, 46 soldados da Otan morreram no Afeganistão neste ano, 34 deles americanos.

O conflito afegão se encontra em um de seus momentos mais violentos desde a invasão americana que levou à queda do regime talibã há 12 anos e o número de vítimas civis aumentou nos últimos tempos.

O número de mortes entre os civis está em 2.959, enquanto o de feridos chegou a 5.656, um aumento de 7% e de 17%, respectivamente, em comparação com o ano anterior, de acordo com a ONU.

As tropas internacionais começaram em 2011 seu processo de retirada gradual do Afeganistão e a transferir por fases a competência da segurança para o Exército e a polícia do país.

A missão das forças da Otan no Afeganistão será concluída no final deste ano, mas Washington anunciou que manterá 9,8 mil soldados no país até completar sua retirada total no final de 2016. EFE