Ataque contra acampamento da ONU no Sudão do Sul deixa 20 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 18/04/2014 02h05

Washington, 18 abr (EFE).- Pelo menos 20 pessoas morreram e 70 ficaram feridas em um ataque nesta quinta-feira contra um acampamento da missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS), informou em comunicado a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power.

“Esta última atrocidade contra os cidadãos do Sudão do Sul é uma afronta à comunidade internacional e viola os princípios fundamentais da proteção de civis”, considerou a diplomata americana.

“Todas as partes devem considerar os lugares da UNMISS como invioláveis e devem permitir a proteção dos cidadãos hospedados neles”, acrescentou.

Várias pessoas morreram nesta quinta-feira em um tiroteio registrado quando um grupo de cidadãos pró-governo realizavam uma passeata rumo a um acampamento da ONU para entregar uma carta de protesto contra seus administradores que, segundo sua opinião, oferecem refúgio aos seguidores do líder opositor Riak Machar.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considerou “inaceitável” este ataque registrado na cidade de Bor, no leste do país, e assegurou que representa “uma escalada muito séria” no conflito, lembrando que as ações deste tipo são “crimes de guerra”, informou seu porta-voz em um comunicado.

O médico do acampamento atacado, William Augustino, disse à Agência Efe que um grupo de homens armados da tribo Dinka abriu fogo contra o local, onde se refugiam milhares de cidadãos da tribo Lou Nuer.

O presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, pertence à tribo dos Dinka, enquanto Machar, seu principal rival e antigo vice-presidente, é membro dos Lou Nuer.

Frente à versão oficial, testemunhas no local informaram à Efe que o ataque aconteceu depois que os refugiados comemoraram as recentes vitórias dos rebeldes no norte do país. EFE

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