Ataque contra acampamento da Otan no Afeganistão deixa 4 mortos e 3 feridos
Cabul, 20 nov (EFE).- Quatro insurgentes morreram e três pessoas -entre elas dois estrangeiros e um guarda afegão- ficaram feridas em um ataque contra um acampamento das forças da Otan em Cabul, informaram nesta quinta-feira fontes oficiais.
O ataque começou ontem por volta das 21h locais (14h30 de Brasília) quando um suicida detonou as bombas que carregava em um veículo na entrada de um recinto onde residem membros da missão da Otan no Afeganistão (Isaf), disse à Agência Efe o porta-voz da polícia de Cabul, Hashmatula Stanekzai.
Após a explosão, três homens armados tentaram entrar no acampamento Green-Village, situado no 9º Distrito Policial da capital afegã, mas foram mortos “em poucos minutos” em enfrentamentos com os guardas de segurança encarregados de proteger as instalações.
A polícia de Cabul afirmou em um comunicado enviado hoje que dois dos feridos no ataque são estrangeiros, mas não informou se são militares das forças da Isaf.
Os talibãs reivindicaram a autoria do atentado e afirmaram que a ação começou quando um de seus homens detonou um pequeno caminhão carregado de explosivos, disse o porta-voz do grupo, Zabihula Mujahid, por meio de sua conta no Twitter.
O porta-voz acrescentou que no ataque morreram e ficaram feridos “uma série de estrangeiros”. Os talibãs, no entanto, costumam exagerar o alcance de suas ações.
Os atentados suicidas são, junto aos artefatos explosivos improvisados, os métodos mais recorrentes dos talibãs para atacar as forças afegãs e internacionais, ações que na prática causam um elevado número de vítimas civis.
Afeganistão atravessa um de seus períodos mais violentos depois de no ano passado as forças locais se tornarem responsáveis pela segurança após a retirada paulatina da Isaf, que culminará no final deste ano.
No entanto, os Estados Unidos manterão 9.800 soldados em território afegão até o final de 2015, número que se reduzirá progressivamente até o mínimo necessário para operações de segurança e trabalhos diplomáticas ao término de 2016, segundo o Acordo Bilateral de Segurança assinado no final de setembro. EFE
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