Ataque contra comboio de presos deixa ao menos 60 mortos no Iraque

Bagdá, 24 jul (EFE).- Pelo menos 60 presos morreram nesta quinta-feira e oito policiais ficaram feridos em um ataque contra o ônibus no qual eram transferidos os detentos ao norte de Bagdá, a capital do Iraque.

Uma fonte policial informou para a Agência Efe que o ataque foi cometido com o uso de vários artefatos explosivos, que foram detonados durante a passagem do veículo na região de Al Taji.

Os presos eram levados da prisão de Taji, a cerca de 20 quilômetros de Bagdá, para um local não especificado na capital.

Ainda não se sabe quem foi responsável e nem os motivos desse massacre, similar ao ocorrido há um mês na província de Babel, a cerca de 110 quilômetros ao sul de Bagdá.

Naquele episódio, pelo menos 71 presos e dois policiais morreram depois que o comboio no qual eram transferidos para a prisão de Al Qasem foi atacado por homens armados.

Os detentos vinham do presídio de Qauat al Akrab em Babel, destinado aos presos enquadrados na lei antiterrorista.

Essa lei, aprovada em 2005, é muito criticada pelos sunitas, que consideram ser aplicada apenas contra os mesmos, especialmente o artigo quarto, que estipula penas de morte e de prisão perpétua para os envolvidos em crimes de terrorismo.

As autoridades iraquianas e os insurgentes sunitas vem trocando acusações sobre o assassinato de presos desde o início do conflito no início de junho.

A insurgência sunita, liderada pelo movimento radical Estado Islâmico (EI), tomou o controle de amplas áreas do oeste, norte e centro do Iraque, e ameaçou conquistar Bagdá.

Além disso, o EI declarou um “califado islâmico” no final de junho nos territórios controlados pela organização na Síria e no Iraque. EFE