Ataque contra delegacia deixa 13 mortos na China
Pequim, 21 jun (EFE).- Pelo menos 13 pessoas morreram neste sábado em um novo ataque contra uma delegacia de polícia na região de Xinjiang, no noroeste da China, onde as tensões entre o regime comunista e os grupos extremistas muçulmanos aumentaram nos últimos meses.
Segundo a agência oficial “Xinhua”, que citou as autoridades locais, os 13 mortos faziam parte do grupo que tentou atacar a delegacia e foram abatidos pelas forças de segurança, enquanto três policiais ficaram levemente feridos no incidente.
As mesmas fontes garantiram que o ataque não provocou vítimas civis, nem feridos.
A imprensa local, por sua vez, afirmou que um veículo se chocou contra o escritório de segurança pública da cidade de Yecheng, situada no sul da província de Xinjiang, e que os seus ocupantes detonaram vários artefatos explosivos antes de serem abatidos pelas forças de segurança.
A região autônoma de Xinjiang é um das mais conflituosas da China após décadas de confrontos entre os uigures e a etnia majoritária han.
Pequim garante que grupos terroristas operam nesta região, muitos deles dirigidos por membros da etnia uigur, que reivindicam a independência de Xinjiang sob o nome de “Turquestão Oriental”.
Por outro lado, os grupos uigures no exílio acusam Pequim de usar o terrorismo como desculpa para reprimir sua religião e cultura e afirmam que o aumento recente dos enfrentamentos étnicos se deve à “persistente” violação dos direitos humanos por parte do Estado chinês.
Durante os últimos cinco anos, o número de vítimas relacionadas com enfrentamentos entre as autoridades e esses grupos e por ataques terroristas está em torno de 400.
Um dos piores ataques aconteceu em 22 de maio, quando dois veículos atropelaram uma multidão em um mercado da cidade de Urumqi, a capital da região, o que causou a morte de 39 pessoas e deixou cerca de 100 feridos.
Além disso, nos últimos meses, alguns ataques ocorreram fora da região, algo inédito até o momento. Com isso, as autoridades chinesas iniciaram uma campanha antiterrorista e a aumentaram a vigilância por todo o país. EFE
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