Ataque contra ônibus em Bangladesh deixa pelo menos sete mortos

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2015 12h28

Nova Délhi, 3 fev (EFE).- Pelo menos sete pessoas morreram e 16 sofreram queimaduras em um ataque contra um ônibus nesta terça-feira atribuído a um grupo de opositores no meio dos protestos iniciados há um mês pelos opositores do governo, informou à Agência Efe uma fonte policial.

O ataque aconteceu por volta das 3h45 local (19h45, em Brasília) na estrada entre Daca e Chittagong durante a passagem pela zona de Chouddagram, do distrito de Aspa, no leste do país asiático, disse um superintendente da polícia local, Tutul Chakraborty.

Dos 16 feridos, nove ficaram internados na unidade de queimaduras de um hospital do distrito e cinco foram transferidos em situação crítica a um centro de saúde de Daca, afirmou este oficial.

Chakraborty assegurou que o lançamento da bomba foi obra de opositores do governo, embora precisou que a polícia iniciou uma investigação que ainda está em andamento.

O jornal local “Daily Star” informou que cinco mortos são homens e duas mulheres, enquanto alguns feridos apresentam queimaduras de até 40% do corpo.

Bangladesh sofre há um mês uma onda de violência no meio de um bloqueio do transporte e novos protestos promovidos por partidos opositores da governamental Liga Awami, durante o qual morreram pelo menos 49 pessoas, com os sete mortos desta madrugada.

O novo ataque aconteceu no terceiro dia de uma greve convocada pela aliança opositora liderada pelo Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP), que iniciou as mobilizações em 5 de janeiro ao completar o primeiro aniversário das polêmicas eleições gerais de 2014.

Uma organização apresentou ontem uma denúncia criminal contra o líder da oposição, Khaleda Zia, pela morte de 42 pessoas durante os protestos.

A líder opositora e ex-primeira-ministra vive desde 3 de janeiro nos escritórios do BNP, cuidados pela polícia, enquanto outros importantes membros do partido foram detidos, sofreram ataques ou foram acusados de sedição.

As eleições gerais realizadas há um ano em Bangladesh foram boicotadas pela oposição, que não se apresentou, e estiveram marcadas por choques entre membros de grupos opositores e forças da ordem, que deixaram cerca de 170 mortos. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.