Ataque da Al Shabab contra comboio da UA deixa 15 mortos na Somália

Mogadíscio, 8 set (EFE).- Pelo menos 15 pessoas morreram e 23 ficaram feridas em um atentado suicida contra um comboio das forças da União Africana (UA) perto de Mogadíscio, capital da Somália, segundo testemunhas informaram à Agência Efe.

O atentado foi assumido pela milícia radical islâmica somali Al Shabab, de acordo com o portal local de notícias “Somalimemo”. Há uma semana, o líder do grupo terrorista, Ahmed Godane, morreu em uma operação aérea dos Estados Unidos.

A maioria das vítimas são civis, segundo as fontes. O ataque ocorreu quando veículos carregados de explosivos atingiram duas caminhonetes militares da Missão da UA na Somália (Amisom).

A maior parte das vítimas é de civis que estavam em dois microônibus. Fontes da Al Shabab disseram que seu objetivo era atacar funcionários americanos que viajava no comboio da Amisom.

O ataque foi registrado por volta das 14h locais (8h de Brasília) em Afgoye, a trinta quilômetros da capital, na província de Baixa Shabelle.

No sábado passado, após a confirmação da morte de Godane, a Al Shabab designou Ahmed Omar, conhecido como Abu Ubaidah, novo chefe do grupo terrorista.

Os terroristas convocaram os clãs locais e mujahedins da Somália para apoiar a jihad contra os infiéis na África Oriental.

O governo da Somália expressou na semana passada seus temor de uma onda de ataques dos jihadistas para vingar a morte de Godane em um ataque por um avião não-tripulado americano.

A Al Shabab, que luta para instaurar um Estado islâmico radical na Somália, foi incluída em março de 2008 na lista de organizações consideradas terroristas pelo governo dos EUA.

A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi deposto, o que deixou o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, caudilhos tribais e grupos de criminosos armados. EFE