Ataque da missão africana deixa mais 80 insurgentes mortos na Somália

  • Por Agencia EFE
  • 23/06/2014 10h13
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Nairóbi, 23 jun (EFE).- Mais de 80 integrantes da milícia islamita somali Al Shabab morreram na Somália em um ataque de aviões militares do Quênia, informou nesta segunda-feira a Missão da União Africana nesse país (AMISOM), que integra o contingente queniano.

Os bombardeios das instalações do Al Shabab ocorreram nas localidades de Anole e Kuday, na região meridional de Baja Juba, informou a AMISOM em comunicado, embora não tenha especificado a data da operação militar.

“Os ataques aéreos da AMISOM em Anole e Kuday, na região de Baja Juba, deixaram mais de 80 terroristas de Al Shabab mortos”, indicou a missão africana através de uma mensagem via Twitter.

“AMISOM seguirá pressionando o Al Shabab para libertar mais zonas na próxima fase das operações”, acrescentou a Missão da UA.

O ataque em questão faz parte de uma ofensiva iniciada há meses pela AMISOM, que possui cerca de 22 mil soldados desdobrados na Somália, em conjunto com o Exército somali para libertar as regiões controladas pelos radicais islâmicos.

O anúncio se tornou público uma semana depois que o grupo Al Shabab assumisse dois atentados próximos à turística costa do Quênia, os quais deixaram pelo menos 60 mortos.

O Quênia – Nairóbi e a cidade litorânea de Mombaça, em específico -, foi alvo de vários ataques desde que, em outubro de 2011, seu Exército entrasse na Somália devido a uma onda de sequestros atribuída à milícia islamita somali em solo queniano.

Desde então, o Al Shabab, que anunciou sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda em 2012, não deixou de exigir a retirada das tropas quenianas.

A milícia radical controla amplas zonas no centro e no sul do Somália, onde o frágil governo somali não está em condições de impor sua autoridade.

A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o governo do ditador Mohammed Siad Barre, fato que deixou o país sem um governo efetivo e em mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados. EFE

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