Ataque de Al Shabab contra hotel na Somália deixa pelo menos 13 mortos
(Atualiza número de mortos e fornece mais informações).
Mogadíscio, 26 jul (EFE).- Pelo menos 13 pessoas morreram neste domingo em um ataque da milícia islamita Al Shabab contra um hotel próximo ao aeroporto de Mogadíscio e aos edifícios vários organismos da ONU na capital somali.
Entre os mortos, em sua maioria civis, há vários membros da equipe de segurança do hotel e um analista estrangeiro em temas de segurança.
Funcionários do governo já estão no local do atentado, que já foi reivindicado por Al Shabab.
Logo após o atentado, as autoridades desalojaram os complexos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e dos Mercy Corps, que se encontram na região.
O ataque aconteceu depois que Al Shabab assassinou ontem a tiros em Mogadíscio um parlamentar somali e seus dois guarda-costas, e no último dia da visita do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao vizinho Quênia.
A luta conjunta entre Quênia e EUA contra Al Shabab foi precisamente um dos temas mais destacados na agenda de Obama na primeira escala de uma viagem africana que continua hoje na Etiópia.
Obama declarou ontem que o grupo terrorista foi “debilitado” nos últimos meses pela ofensiva do exército somali e das tropas aliadas da União Africana (UA), mas lembrou que o problema não está resolvido.
A milícia perdeu recentemente o controle de importantes cidades estratégicas, recuperadas pelo governo.
Al Shabab seguiu atentando nas últimas semanas contra alvos civis e soldados da Missão da União Africana na Somália (AMISOM), além de assassinar vários parlamentares e outros representantes políticos somalis.
A milícia islamita Al Shabab anunciou em 2012 sua adesão formal à Al Qaeda e luta para instaurar um Estado islâmico de caráter wahhabista na Somália.
O país africano vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem um governo efetivo e em poder de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e grupos de delinquentes armados. EFE
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