Ataque de Al Shabab perto da Somália deixa 12 policiais mortos no Quênia

  • Por Agencia EFE
  • 19/05/2014 16h35

Nairóbi, 19 mai (EFE).- Um ataque a um comboio por parte da milícia radical islâmica Al Shabab na cidade de Mandera, no norte do Quênia, deixou 12 policiais mortos nesta segunda-feira, informaram fontes policiais.

O ataque aconteceu na tarde desta segunda-feira quando os agentes perseguiam três veículos sequestrados pela milícia nesta manhã, explicou o comandante da polícia do condado de Mandera, Noah Mwivanda.

Eram membros da Reserva da Polícia do Quênia (KPR) que foram atacados por milicianos fortemente armados quando se encontravam a menos de um quilômetro da fronteira com a Somália, na cidade de Khadija Haiji.

Outros quatro policiais ficaram feridos e foram atendidos no hospital do condado de Mandera, segundo o jornal queniano “The Standard”.

Os reservistas faziam parte da equipe de segurança de um comboio de três veículos que transportavam folhas de “khat”, uma droga similar em seu uso às folhas de coca e com efeitos parecidos aos da anfetamina.

Os milicianos levaram os corpos dos agentes mortos, disse Mwivanda.

Em outro incidente, uma equipe de segurança local que se dirigia a um encontro para mediar o conflito entre duas comunidades enfrentadas, os clãs Degodia e Garre, caiu em uma emboscada de homens da Al Shabab, a cinco quilômetros de Mandera.

No domingo passado, os terroristas lançaram granadas contra a delegacia, a sede do governo e os tribunais de Mandera, embora ninguém tenha ficado ferido.

No começo deste mês, o lançamento de granadas contra dois ônibus deixou dois mortos e mais de 60 feridos.

A polícia interceptou recentemente dois veículos carregados de explosivos, e há duas semanas frustrou um ataque contra uma escola de educação primária em Garisa, cidade próxima à fronteira com a Somália.

Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda, controla amplas zonas do centro e do sul da Somália, onde o frágil governo somali ainda não está em condições de impor sua autoridade. EFE

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