Ataque do PKK mata 16 soldados turcos

Ancara, 7 set (EFE).- Ao todo, 16 soldados morreram e seis ficaram feridos em um ataque realizado ontem pela guerrilha curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no sudeste da Turquia, informou nesta segunda-feira o exército turco.

A ação foi contra um comboio militar na cidade de Daglica, na província de Hakkari, perto da fronteira com o Iraque, conforme o comunicado publicado hoje na página oficial do Estado-Maior. A nota detalhou que 16 militares, que viajavam em dois veículos blindados, morreram no domingo na explosão de artefatos de fabricação caseira na estrada que liga Daglica a Yüksekova. Os seis soldados feridos não correm risco de morte.

Este é o ato mais sangrento do PKK desde o fim do cessar-fogo com o governo turco em julho. Em resposta, o exército lançou uma operação aérea na região com três caças F-4 e quatro F-16 que bombardearam 23 alvos do PKK.

Embora o ataque do PKK tenha sido ao meio-dia de ontem (pelo horário GMT, 9h de domingo em Brasília), o exército só informou o número de vítimas hoje, um silêncio pouco habitual que gerou debate nas redes sociais, com suspeitas de um total de mortos pudesse ser muito superior.

Hoje, em declaração transmitida ao vivo pela “Cnn Türk”, o primeiro-ministro, Ahmet Davutoglu condenou quem divulga a “propaganda negra” e especula um número maior de mortos. Ele ainda anunciou que irá se reunir com o líder da oposição, o social-democrata Kemal Kiliçdaroglu.

Davutoglu prometeu continuar a luta contra o PKK e ressaltou que as “montanhas ficarão limpas de terroristas”.

A agência curda “Firat” informou hoje que pelo menos 32 soldados, entre eles um tenente-coronel, morreram no ataque, citando fontes do PKK. O jornal turco “Cumhuriyet” também noticiou que entre os mortos do ataque ontem está um tenente-coronel. EFE