Ataque suicida em funeral no Afeganistão deixa nove mortos
Cabul, 1 dez (EFE).- Pelo menos nove pessoas morreram, entre elas dois policiais, e 22 ficaram feridas nesta segunda-feira em um ataque suicida perpetrado contra um funeral de um líder tribal na província de Baghlan, no norte do Afeganistão, informou à Agência Efe uma fonte oficial.
O ataque ocorreu às 10h50 local (3h20, em Brasília), quando o suicida detonou as bombas que levava entre a multidão que participava da cerimônia funerária no norte da província, disse o porta-voz do Governador local, Mahmood Haqmal.
“Nove pessoas, entre elas dois policiais -um deles um comandante-, morreram, e outras 22, incluindo quatro policiais, ficaram feridas”, afirmou Haqmal.
O funeral ocorria perto das dependências da polícia do distrito.
A fonte indicou que os feridos foram levados a centros médicos do distrito e os mais graves ao hospital central de Pul-i-Khumri, capital da província, e que o número de mortos poderia aumentar, já que “quatro deles estão em situação crítica”.
Em comunicado, o chefe de governo afegão, Abdullah Abdullah, cargo criado a partir da crise pós-eleitoral que começou em maio, qualificou o ataque de “ato desumano” contra civis.
O Afeganistão sofreu nas últimas semanas uma escalada de violência com um grande número de ataques insurgentes, entre eles um atentado suicida que causou a morte a 61 civis em uma partida de vôlei no leste do país há duas semanas, em um dos piores massacres do ano.
As ações violentas ocorreram especialmente a Cabul, com pelo menos nove ataques nos últimos dias, entre eles três contra alvos ocidentais.
Neste contexto o país asiático prepara-se para a retirada das tropas da ONU, Isaf, cuja missão começou em 2001 após a invasão dos Estados Unidos que derrubou o regime talibã e finaliza no final deste ano.
Um contingente reduzido de tropas internacionais permanecerá no país, após a assinatura, por parte do presidente afegão, Ashraf Gani, de dois acordos de segurança que prolongam a presença dos Estados Unidos e da Otan com um novo papel com as tropas locais a partir de 2015.
Estes acordos preveem o desdobramento de 9,8 mil soldados americanos até 2024 e de 3 mil ou 4 mil militares da Otan, frente aos cerca de 130 mil que havia em 2012. EFE
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