Ataque terrorista em região turística da Costa do Marfim deixa 12 mortos

  • Por Agência EFE
  • 13/03/2016 16h50
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Pelo menos 12 pessoas, entre elas quatro turistas europeus, morreram neste domingo em um ataque terrorista em uma região litorânea da Costa do Marfim, a cerca de 40 quilômetros da capital Abidjan, informaram à Agência Efe fontes das forças de segurança.

As autoridades da Costa do Marfim ainda não divulgaram um comunicado oficial sobre o ocorrido e não se sabe nem a identidade ou a nacionalidade dos falecidos, segundo os policiais encaminhadps ao local do massacre.

O ataque, ocorrido à tarde, tinha como alvo o bar do hotel Étoile du Sur, que fica na beira da praia de Grand Bassam, uma região turística muito popular entre marfinenses e estrangeiros que vivem na Costa do Marfim.

Segundo as primeiras informações, pelo menos seis homens armados com fuzis kalashnikov e granadas começaram a atirar indiscriminadamente nas pessoas que estavam no bar, e algumas testemunhas contaram à imprensa local que eles gritavam “Allahu akbar” (“Alá é grande”), por isso os relacionaram com terroristas jihadistas.

No entanto, nenhum dos grupos terroristas que operam na África Ocidental, entre eles a Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), reivindicaram a autoria do ataque, por isso, por enquanto, não é possível tirar conclusões.

Unidades das forças especiais do exército marfinense e tropas francesas destacadas neste país africano foram a Grand Bassam para ajudar a retirar os feridos e funcionários e hóspedes dos hotéis da região.

Esta é a primeira vez que a Costa do Marfim é alvo de um ataque destas características, embora o país estivesse em alerta após os atentados jihadistas em hotéis na Burkina Fasso e no Mali ocorridos nos últimos meses.

As forças de segurança suspeitam que a intenção dos terroristas fosse repetir a estratégia utilizada nos ataques semelhantes citados, nos quais, após atirarem em hóspedes, homens armados entraram nos hotéis para fazer reféns, algo que nesta ocasião não aconteceu.

Militares teriam matado pelo menos seis criminosos, informou à televisão estatal “RTI” o Ministério do Interior e da Segurança.

Em meados de janeiro, pelo menos 26 pessoas de 18 nacionalidades morreram em um ataque parecido e cometido por um comando da Al Qaeda no hotel Splendid, na capital de Burkina Fasso, Ouagadogou, no qual 156 pessoas foram liberadas após uma operação de resgate que durou toda a noite.

Em novembro, um ataque em um luxuoso hotel de Bamaco, no Mali, teve saldo de 27 mortos, entre funcionários e hóspedes do hotel, além dos 13 terroristas, que acabaram mortos pelas forças de segurança. Uma operação de resgate libertou quase 200 reféns.

A Al Qaeda no Magrebe Islâmico declarou em várias ocasiões que os cidadãos ocidentais, mais concretamente os da França, se transformaram em alvos prioritários do grupo, embora seus ataques não discriminem por nacionalidade e também afetam a população local.

A “caça ao ocidental” foi declarada às claras por esta organização extremista em comunicado divulgado em janeiro, quando revelou a identidade de três malineses que cometeram os atentados em Burkina Fasso.

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