Ataques com avião não tripulado dos EUA matam 20 talibãs no Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 06/08/2014 10h46

Cabul, 6 ago (EFE).- Pelo menos 20 talibãs morreram nesta quarta-feira após uma dezena de bombardeios com avião não tripulado (drone) dos Estados Unidos na província oriental do Nuristão, no Afeganistão, um dos ataques mais mortíferos deste tipo já registrado no país, informou à Agência Efe uma fonte policial.

A série de ataques com drones foi iniciada na última madrugada na região de Kohtoz, no distrito de Kamdesh, próximo à fronteira com o Paquistão, e se estenderam por quase 12 horas, afirmou o porta-voz da Polícia provincial, Zaher Bahang.

“Aproximadamente 20 talibãs, entre eles árabes e paquistaneses, morreram nos ataques”, assegurou Bahang, que detalhou que os corpos dos insurgentes se encontravam espalhados pelo campo de batalha e que o número de mortos poderia aumentar.

O porta-voz policial acrescentou que os talibãs se encontravam fortemente armados e, inclusive, articulavam uma ofensiva na área de Kohtoz.

O governador do Curdistão, Hafiz Abdul Qayum, também confirmou à agência local “AIP” a morte de 20 “oponentes”, embora tenha esclarecido que o número total de talibãs mortos poderia chegar a 40.

De acordo com as autoridades afegãs, esse é o sétimo ataque com drones americanos desde o início do ano.

Os bombardeios das forças internacionais são muito controversos no Afeganistão, especialmente pelo alto índice de mortes entre civis.

O conflito no Afeganistão se encontra em um dos momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, que propiciou a queda do regime talibã há 12 anos.

Ontem, o Exército dos EUA sofreu um dos ataques com mais força simbólica desde o começo do conflito, com a morte de um general por disparos de um uniformizado afegão, o que lhe transformou no militar americano de mais alta patente morto no Afeganistão.

Em 2011, as tropas internacionais começaram a se retirar gradualmente do país asiático e, por consequência, a transferir por fases a competência da segurança ao Exército e a Polícia afegãos.

A força internacional Isaf concluirá sua missão no Afeganistão no final deste ano, embora os Estados Unidos tenham anunciado que manterá cerca de 9.800 soldados no país até completar sua saída total no final de 2016. EFE

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