Ataques contra escolas na Síria em 2014 mataram pelo menos 160 menores

  • Por Agencia EFE
  • 06/01/2015 14h48
Bombardeio americano em Kabane EFE Bombardeio americano em Kabane

Pelo menos 160 menores morreram durante 2014 e 343 ficaram feridos por ataques contra escolas na Síria, disse nesta terça-feira à Agência Efe a porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Damasco, Razan Rashidi.

O organismo registrou, entre janeiro e dezembro do ano passado, 68 ataques a colégios, que incluem tanto alguns direcionados especificamente contra escolas como outros contra áreas residenciais nos quais centros educacionais foram atingidos, explicou Rashidi.

Em comunicado publicado hoje, a Unicef expressou que os colégios deveriam ser respeitados como “zonas de paz” e “refúgios seguros” para as crianças, onde devem poder aprender sem medo de morrer ou ser feridos.

Além disso, a Unicef reiterou sua chamada para que as partes em conflito assumam sua responsabilidade de proteger os menores, as escolas e outras infraestruturas civis.

A nota também destacou o recente fechamento de vários colégios nas províncias de Al Raqqah e Deir ez Zor, assim como em algumas partes de Aleppo, o que deixou sem aulas cerca de 670 mil alunos de ensino primário e médio.

Nos últimos meses, ativistas sírios denunciaram que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que domina essas zonas da Síria, fechou escolas para mandar os alunos para colégios administrados pelos extremistas e substituíram os programas escolares por outros adaptados a sua ideologia.

A Unicef afirmou que “o acesso à educação é um direito que todas as crianças deveriam ter”, e considerou que este é o único meio para fornecer estabilidade, estrutura e rotina aos menores sírios quando eles mais necessitam, em meio a um conflito que já dura mais de três anos. 

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