Ataques contra forças de segurança egípcias deixam mais de 30 mortos

  • Por Agencia EFE
  • 30/01/2015 08h08

Cairo, 30 jan (EFE).- Os ataques perpetrados na noite de quinta-feira contra forças do exército egípcio e da polícia na Península do Sinai, reivindicados pelo grupo terrorista Wilayat Sina, deixaram mais de 30 mortos e 69 feridos, segundo fontes de segurança consultadas pela Agência Efe.

Além disso, um funcionário do governo regional do Sinai, que falou sob condição de anonimato, elevou o número de mortos a 45, entre militares, policiais e civis.

Até o momento, as autoridades egípcias não ofereceram números oficiais de vítimas.

O funcionário comentou à Agência Efe que após os atentados e enfrentamentos registrados ontem à noite em três localidades do Sinai (Al Arish, Sheikh Sued e Rafah), a calma voltou à zona.

Segundo seu relato, por volta das 19h30 local (18h30 em Brasília) ocorreram três atentados simultâneos nas três localidades, que foram seguidos por enfrentamentos nos quais atacantes armados usaram armamento leve, morteiros e lança-granadas de tipo RPG.

A fonte indicou que os choques se prolongaram por uma hora e meia e precisou que, até o momento, não foi contabilizado nenhum morto ou detido entre as fileiras dos terroristas.

O maior número de vítimas aconteceu por um atentado com um microônibus-bomba na entrada do quartel da Brigada 101, em Al Arish, capital da província do Norte do Sinai, segundo confirmaram ambas fontes.

Segundo o jornal egípcio Al Watan, o veículo explodiu perto do edifício onde residem os soldados, o que provocou várias vítimas.

As fontes de segurança não descartaram que o número de 30 mortos oferecido por eles possa aumentar devido ao grande número de feridos graves.

Também aconteceu outro ataque contra um hotel de oficiais e contra vários postos de controle.

O grupo radical egípcio Wilayat Sina, antes conhecido como Ansar Beit al Maqdis, e que jurou lealdade aos jihadistas do agrupamento Estado Islâmico, reivindicou esta madrugada em seu conta no Twitter os ataques.

O Sinai é há anos um foco de instabilidade, mas desde a derrocada do presidente Mohammed Mursi em julho de 2013 se multiplicaram os ataques contra as forças da ordem.

Em 24 de outubro, pelo menos 31 soldados perderam a vida em um ataque armado perto da fronteira com Gaza, na pior ação contra o Exército nessa zona nos últimos anos.

Desde então, as autoridades egípcias decretaram o estado de exceção em parte da península e começaram a demolição dos imóveis da cidade de Rafah situadas perto da fronteira com Gaza, após assegurar que os atacantes se infiltraram desde os territórios palestinos através de túneis subterrâneos. EFE

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