Ataques e confrontos deixam 67 mortos no Iêmen em 24 horas
Sana, 7 jul (EFE).- Pelo menos 67 pessoas morreram nas últimas 24 horas em ataques e confrontos entre combatentes leais ao presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, e o movimento rebelde xiita dos houthis no norte e no sul do Iêmen, informaram fontes das forças fiéis ao líder.
As fontes detalharam que 29 combatentes houthis morreram em enfrentamentos nas áreas de Al Taba al Hamra e Al Balaq, na província petrolífera de Marib, no norte do país.
Além disso, as fontes disseram que os combates deixaram também mortos e feridos nas fileiras dos grupos rivais aos houthis, mas sem oferecer mais detalhes.
As milícias dos houthis, apoiadas por forças leais ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh, tentam há mais de três meses tomar o controle da província de Marib onde se encontram os maiores campos de gás do Iêmen e o maior gerador de eletricidade no país.
As fontes acrescentaram que outros 14 combatentes houthis morreram em enfrentamentos, que explodiram ontem e continuaram hoje, contra as forças leais a Hadi nos arredores da cidade meridional de Al Dalea.
Enquanto isso, na província de Abian, também no sul do país, morreram 11 milicianos houthis e três membros da “resistência popular” em choques entre ambas partes.
Por outra parte, pelo menos 10 pessoas morreram pela explosão de um carro-bomba perto da sede principal da polícia na cidade de Al Baida, controlada pelos houthis e localizada no centro do Iêmen, segundo a agência oficial “Saba”.
Essa cidade é capital da província homônima de Al Baida, palco também de duros enfrentamentos entre os houthis e milicianos tribais sunitas leais a Hadi, apoiados por combatentes da Al Qaeda.
Os rebeldes houthis, que tomaram o controle da capital Sana no último mês de setembro, tentam estender-se às demais províncias do país no meio dos bombardeios da coalizão militar, liderada pela Arábia Saudita, que pretende proteger a legitimidade do presidente Hadi.
Desde que se agravou a crise no Iêmen com os ataques aéreos liderados por Riad, que começaram em 26 de março, já foram registradas 3.000 mortes, sendo que 1.528 foram de civis, além de 3.605 feridos. EFE
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