Ataques no Afeganistão deixam pelo menos dez mortos

Cabul, 10 nov (EFE).- Pelo menos 10 pessoas – nove policiais e um civil – morreram nesta segunda-feira em dois ataques contra as forças de segurança no leste do Afeganistão, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

Um atacante suicida que vestia um uniforme policial detonou as bombas que levava por volta das 10h local (3h30, em Brasília) em frente ao quartel-general da polícia na cidade de Pul-e-Alam, capital da província oriental de Logar, disse à Agência Efe o porta-voz do governo local, Din Mohammed Darwish.

Na explosão morreram um civil e seis policiais, entre eles um comandante, além de quatro feridos.

No outro ataque, três agentes morreram e um ficou ferido na explosão de uma motocicleta bomba na província de Nangarhar, no leste do país asiático.

O atentado ocorreu às 7h30 local (1h, em Brasília) quando insurgentes ativaram os explosivos da motocicleta durante a passagem de um veículo policial na estrada que une a cidade de Jalalabad e a passagem fronteiriça de Torkham com o Paquistão, disse à Agência Efe o porta-voz do governador da província, Ahmad Zia Abdulzai.

Outras fontes tinham informado que este ataque também foi obra de um suicida e que as vítimas eram instrutores de uma academia de polícia.

O porta-voz talibã Zabihula Mujahid reivindicou ambos atos em sua conta no Twitter.

Estes ataques ocorreram um dia depois que um coronel da polícia de Cabul morreu em um atentado suicida perpetrado dentro do quartel-general das forças da ordem na cidade, que também deixou seis feridos.

Os atentados suicidas são, junto aos artefatos explosivos improvisados, os métodos mais recorrentes dos talibãs para atacar as forças afegãs e internacionais, embora na prática causem um elevado número de vítimas civis.

O Afeganistão atravessa um de seus períodos mais sangrentos depois que no ano passado, as forças locais ficaram responsáveis pela segurança após a retirada paulatina da Isaf, que terminará no final de 2014.

No entanto, os Estados Unidos manterão 9.800 soldados em território afegão até finais de 2015, que se reduzirão progressivamente até o mínimo necessário para operações de segurança e trabalhos diplomáticos que concluirão em 2016, segundo o Acordo Bilateral de Segurança assinado no final de setembro. EFE