Ataques suicidas na Nigéria deixam pelo menos sete mortos e vários feridos

  • Por Agencia EFE
  • 01/01/2015 11h08

Nairóbi, 1 jan (EFE).- Pelo menos sete pessoas morreram e outras muitas ficaram feridas em vários atentados suicidas perpetrados nas últimas 24 horas no norte da Nigéria, uma das zonas mais castigadas pela violência do grupo terrorista Boko Haram, informou nesta quinta-feira a imprensa local.

O último deles ocorreu por volta das 9h local (5h, em Brasília) quando um suicida se ateou fogo diante de uma igreja evangelista da cidade de Tudun Wada, no estado nortista de Gombe, quando o local se encontrava repleto de fiéis que realizavam o Ano Novo.

“Aconteceu uma explosão fora da igreja evangelista nesta manhã quando um atacante suicida, que não pôde entrar na igreja, se ateou fogo. Por sorte não há mortos, embora algumas pessoas ficaram feridas”, explicou Abubakar Yakubu, que dirige a Cruz Vermelha em Gombe, citado pelo jornal “The Vanguard”.

Além disso, ontem pelo menos sete pessoas morreram em outro ataque suicida perpetrado em um ônibus de uma cidade do estado nortista de Yobe.

Embora ainda não haja um número oficial de vítimas mortais, várias testemunhas relataram ao jornal que o ônibus “saiu voando pelos ares” após a explosão e que pelo menos sete homens que viajavam no veículo morreram.

Horas depois deste fato, uma mulher que escondia explosivos no hiyab (véu islâmico), perpetrou outro ataque suicida diante de um quartel militar em Bolari, cidade do estado de Gombe, que não causou nenhuma morte.

Apesar de que ninguém ter reivindicado estes ataques, tudo aponta para o grupo islamita nigeriano Boko Haram, autor de múltiplos atentados no norte do país apesar do desdobramento de tropas na zona e de um suposto acordo de paz com o governo que foi desmentido pelos jihadistas.

A menos de dois meses para as eleições presidenciais, que serão realizadas em 14 de fevereiro, o Boko Haram intensificou sua campanha de terror contra vários estados do norte do país, onde calcula-se que controla 20% do território.

O grupo radical, que luta para instaurar um estado islâmico na Nigéria, assassinou 12 mil pessoas nos últimos cinco anos, três mil delas só em 2014, segundo as autoridades nigerianas. EFE

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