Ataques talibãs e bombardeio de drone deixam 19 mortos no Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 16/07/2015 13h27
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Cabul, 16 jul (EFE).- Pelo menos dez insurgentes morreram nesta quinta-feira no bombardeio feito por um drone dos Estados Unidos no Afeganistão, enquanto nove pessoas, sendo quatro crianças, faleceram em dois atentados no país, onde a guerra continua, apesar do recente aproximação entre o governo e os talibãs.

No primeiro ataque, quatro crianças, com idades entre 2 e 12 anos, morreram na explosão de uma bomba caseira colocada em frente ao imóvel da família na província de Maidan Wardak, informou à Agência Efe Attaullah Khogyani, porta-voz do governador regional. Ele atribuiu a ação aos talibãs e reconheceu que as forças de segurança ainda não detiveram os envolvidos.

Também em Wardak, dez insurgentes da rede terrorista Haqqani, aliada aos talibãs, morreram ao ser atingidos por mísseis de um avião não-tripulado das tropas americanas. Segundo Khogyani, o grupo tinha participado de um ataque a postos de controle da polícia, que no começo do mês deixou 18 agentes mortos.

Em um terceiro ataque, cinco pessoas, entre eles um comandante da polícia e seus dois filhos, morreram em uma emboscada dos talibãs na província de Laghman, disse à Efe Sarhadi Zwak, porta-voz do governador provincial. Eles foram atacados quando viajavam a Mehtarlam, a capital de Laghman.

Diferentemente dos anos anteriores, os talibãs aumentaram os ataques desde o início da festividade muçulmana do Ramadã, que termina esta semana e acontece no meio da ofensiva lançada pelos insurgentes em 24 de abril. Os bombardeios das forças dos Estados Unidos costumam ser coordenados pela agência de inteligência afegã, que fornece a informação usada como base para os ataques seletivos com drones contra a insurgência.

A guerra no Afeganistão permanece, apesar da histórica aproximação entre o governo e os talibãs. Nesta semana, ambos tiveram no Paquistão seu primeiro encontro oficial desde o início do conflito em 2001, abrindo a porta para negociações de paz.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, anunciou ontem que uma segunda reunião vai acontecer dentro de 15 dias, e o líder dos talibãs, o mulá Mohammed Omar, falou pela primeira vez da possibilidade de realizar “esforços políticos” para alcançar a paz. EFE

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