Atentado de ontem em Beirute, no Líbano, deixa ao menos 1 morto e 20 feridos

Beirute, 24 jun (EFE).- Pelo menos um inspetor da Segurança Nacional do Líbano morreu e 20 civis ficaram feridos no atentado suicida cometido ontem à noite perto de um posto militar e de um café no sul de Beirute, informou nesta terça-feira o Exército libanês.

“Às 23h40 locais (18h40 de Brasília) um suicida, a bordo de um carro, incendiou o veículo perto de um posto do Exército na rotatória de Tayune, causando a morte de um inspetor da Segurança Nacional e provocando importantes danos materiais”, explicou a nota militar.

As autoridades fizeram um cordão de segurança no local do atentado, um reduto do grupo xiita Hezbollah, onde a polícia e o promotor militar Sakr Sakr continuam as investigações.

O morto foi identificado como o oficial Abdul Karim Hodroj, cujos restos mortais passarão por uma análise de DNA.

Segundo a agência oficial “ANN”, outro oficial da Segurança Nacional morreu no atentado, mas essa informação não foi confirmada por nenhuma outra fonte.

Em relação aos feridos, o responsável pela Cruz Vermelha Libanesa, Georges Ketaneh, explicou à Agência Efe que a maioria sofreu lesões leves e já recebeu alta.

O deputado Ali Ammar, membro do Hezbollah, acusou ontem à noite os EUA e alguns países árabes de apoio ao terrorismo, e enfatizou que o atentado é uma tentativa de ameaçar a unidade do Líbano.

“Após serem derrotados na Síria, os combatentes extremistas sunitas tentam abrir novas frentes”, denunciou Ammar.

Esse atentado é o segundo em quatro dias. Na última sexta-feira, uma pessoa morreu e outras 33 ficaram feridas, entre elas um casal colombiano, em um atentado frustrado no leste do Líbano contra o chefe da Segurança Nacional, o general Abbas Ibrahim.

Em declaração ao jornal “As Safir”, o ministro do Interior, Nuhad Machnuk, afirmou que o modo como foram produzidos os atentados demonstra “a confusão do terrorista e que a situação de segurança está controlada, graças às medidas adotadas”.

Por outro lado, o “As Safir” informou hoje que as autoridades libanesas deportaram um francês que tentava entrar na Síria, enquanto outro continua sendo interrogado por supostamente pertencer a uma célula terrorista.

O jornal, que não identificou a pessoa deportada, informou que a mesma tinha sido detida há algumas semanas no aeroporto internacional Rafik Hariri, em Beirute, por suspeitas de que planejava ir para a Síria com o objetivo de cometer um ataque suicida.

Desde o início do conflito sírio em março de 2011, vários atentados aconteceram no Líbano, principalmente nos redutos do Hezbollah, uma forma de punição pela participação do grupo xiita nos combates na Síria ao lado do regime de Bashar al Assad. EFE