Atentado suicida deixa pelo menos 5 mortos no sul do Afeganistão

  • Por Agencia EFE
  • 15/07/2015 19h18
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Cabul, 15 jul (EFE).- Pelo menos cinco pessoas, entre elas quatro policiais, morreram e outras quatro ficaram feridas nesta quarta-feira em um ataque suicida contra um posto de controle das forças de segurança do Afeganistão na província de Helmand, no sul do país asiático, informaram à Agência Efe fontes oficiais.

Um insurgente suicida detonou as bombas que carregava consigo nas imediações de um posto policial da capital provincial, Lashkargah, quando os agentes se preparavam para fazer o Iftar, a refeição que quebra o jejum diário do Ramadã, o mês sagrado dos muçulmanos, por volta das 19h locais (11h30 de Brasília), disse Omar Zwak, porta-voz do governador de Helmand.

Um policial, que preferiu manter o anonimato, relatou que quatro agentes morreram e outros quatro ficaram feridos por causa da explosão.

Os feridos foram transferidos para um hospital da região e seu estado é considerado “estável”, detalhou a fonte, que também explicou que, desde o início do Ramadã, as forças de segurança aumentaram as medidas de segurança, por isso os insurgentes tendem a atacar durante o Iftar.

Na última segunda-feira, em torno de 30 pessoas ficaram feridas em uma explosão no interior de uma mesquita situada na província nordeste de Baghlan, também durante o horário do Iftar.

Apesar de a autoria do ataque em Helmand não ter sido reivindicada por nenhum grupo, o mesmo acontece em meio à já tradicional ofensiva talibã da primavera (hemisfério norte), iniciada pelo grupo insurgente no dia 24 de abril e, desde então, cresceu o número de atentados em todo o país.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, anunciou hoje que representantes de seu governo se reunirão com os talibãs nos próximos 15 dias, depois que ambas as partes mantiveram seu primeiro encontro oficial na semana passada, no qual assentaram as bases para uma possível negociação de paz.

Esse anúncio acontece no mesmo dia em que o líder dos talibãs, o mulá Mohammed Omar, se referiu – pela primeira vez em quase 14 anos de guerra – à possibilidade de realizar “esforços políticos” para alcançar a paz com o governo afegão. EFE

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