Atentado trouxe “senso de comunidade muito forte”, diz brasileiro em Bruxelas
Ao menos 30 pessoas morreram e outras centenas ficaram feridas após explosões no aeroporto de Zaventem e na estação de metrô de Maalbeek, em Bruxelas nesta terça-feira (22). Os atentados foram reivindicados pelo Estado Islâmico.
Em entrevista à Jovem Pan, o mestrando em Ciências Políticas, João Lucas Id disse que os atentados cometidos trouxeram, junto ao sentimento de tristeza, “um senso de comunidade muito forte”.
João Lucas faz estágio em uma agência de consultoria que fica a apenas 500 metros da estação de metrô onde ocorreu a tragédia. Segundo o estudante, o que aconteceu na manhã de ontem foi “uma retaliação do Estado Islâmico” após a prisão de Salah Abdeslam, capturado em Bruxelas dias antes e suspeito de ter cometido os atentados em Paris no final do ano passado.
“Era uma caça para tentar achar esse último terrorista. Eles acharam, mas durante os quatro meses [de busca], a gente estava em estado de alerta nível 3, agora estamos em 4 [nível máximo]. Nesses últimos meses sempre se esperava que algo pudesse acontecer, mas não nessa escala”, contou.
Para ele, o estado de alerta em nível 4 deve permanecer pelas próximas semanas, apesar de considerar “bem difícil que aconteça outro atentado em Bruxelas neste momento”. De qualquer forma, a cidade amanheceu vazia e os principais pontos de Bruxelas seguem guiados pelo medo da sociedade.
Apesar do medo que ainda atinge a população belga, João Lucas afirmou que o que mais tem presenciado é a “retórica de que a vida segue” e que isso “ajuda a fortalecer a sociedade de novo”.
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