Atiradores invadem revista e matam cerca de 12 pessoas em Paris, França

  • Por Jovem Pan
  • 07/01/2015 09h52
Reprodução/AL JAZEERA Emissora de televisão repercute ataque à revista em Paris

Doze pessoas foram assassinadas e 7 ficaram feridas depois que homens armados abriram fogo no escritório de Paris, França, da revista Charlie Hebdo, segundo a BBC.

As informações são de que os invasores foram vistos fugindo do prédio da publicação semanal, e eles teriam usado rifles para efetivar o ataque.

*Ouça o repórter JOVEM PAN Paulo Pontes, no Últimas Notícias, informando ao vivo o ataque 

A revista é conhecida, inclusive internacionalmente, por fazer sátiras. Há três anos, o escritório da Charlie Hebdo foi queimado por fazer desenhos com o profeta Maomé, disse a CNN.

O fato repercutiu no mundo, sobretudo, no Oriente Médio, onde – também – invocou a ira de fundamentalistas islâmicos naquela época.

A Presidência francesa informou que o presidente, François Hollande, se dirigiu para o local e convocou uma reunião do gabinete de crise para 15h (horário local), de acordo com a Agência Brasil. 

De acordo com o comentarista internacional JOVEM PAN, Caio Blinder, o ataque é uma “crônica de uma tragédia anunciada”. Blinder disse que o atentado lembra o ataque ao World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, não no que diz respeito a magnitude ou ao número de mortos e feridos, mas no que se refere ao ataque ao “coração de uma grande cidade”. “Foi um ataque a França, a maneira de ser da França”, disse.

“Eles [revista Charlie Hebdo] não só ridicularizam o islamismo, mas também são conhecidos pelas ofensas ao Catolicismo, Judaísmo. É parte do trabalho deles. Parte do trabalho de um cartunista é insultar e por isso que eles foram, agora, atacados”, comentou Blinder. Ele ainda lembrou que a França é o pilar da democracia: “é onde nasceu a democracia e que tem a tradição de uma imprensa livre”.

Nos Estados Unidos as especulações são de que os suspeitos sejam jovens franceses radicalizados que estiveram combatendo na Síria e no Iraque à serviço do Grupo Estado Islâmico e que agora retornam para casa. “Esse é o grande temor entre autoridades na Europa que esses jovens radicalizados voltassem para seus países. Há também especulação de que seja a filial da rede Al Qaeda no Iêmen, mas são apenas especulações”, completou o correspondente em Nova Iorque.

Paulo Pontes ainda completou dizendo que “hoje em dia, se ataca com bombas. Agora quando se tem duas ou três pessoas que entram fortemente armadas, que vão ao lugar certo e procuram pelos nomes que querem matar, é algo muito bem planejado” e Blinder respondeu dizendo que foi “uma operação metódica e que houve muito planejamento” e alertou para o temor que toma a Europa no momento de que “existam outras células ligadas ao ataque”.

*Ouça o comentarista internacional em Nova Iorque, Caio Blinder, no Jornal Jovem Pan

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