Ativista Salwa Bughaigis é assassinada em Benghazi com tiro na cabeça

  • Por Agencia EFE
  • 26/06/2014 08h11
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Argel, 26 jun (EFE).- A advogada e ativista política líbia Salwa Bughaigis, uma das poucas mulheres que fez parte do primeiro Conselho Nacional de Transição da revolução em 2011, foi assassinada na cidade oriental de Benghazi com um tiro na cabeça, informou nesta quinta-feira a agência oficial de notícias líbia “WAL”.

Segundo a fonte, que não fornece mais detalhes sobre as circunstâncias de sua morte, Bughaigis foi levada na noite de ontem ao hospital Medical Center, onde morreu poucos minutos depois.

Durante toda a jornada eleitoral de ontem e através de mensagens em sua página do Facebook, Bughaigis pediu aos habitantes da segunda maior cidade da Líbia votar, já que, segundo ela, essa era a melhor maneira de superar os desafios enfrentados pela jovem democracia da Líbia.

“Demonstrem a todos que a Líbia não se ajoelha e nem se rebaixa, que a Líbia continuará lutando sem se importar com os desafios e nem com as dificuldades. Nós estamos decididos construir a Líbia na qual sonhamos”, escrevia a ativista pouco antes de ser assassinada.

A missão da ONU na Líbia (UNSMIL, na sigla em inglês) condenou o assassinato de Bughaigis, que também participava do Comitê Preparatório para o Diálogo Nacional no país, apoiado pela Nações Unidas.

Em comunicado divulgado hoje, a UNSMIL pediu às autoridades “averiguar o assassinato para levar os culpados perante a justiça”.

A morte de Bughaigis se soma à onda de assassinatos registrados em Benghazi desde a queda do regime de Muammar Kadafi em 2011, que, além de agentes das forças de segurança, também resultou na morte de ativistas, jornalistas, advogados, juízes e diplomatas, sendo que a maioria não foi investigada.

Nas redes sociais, em suas últimas mensagens, Bughaigis exaltava seu apoio ao Exército e às forças do general sublevado Jalifa Hafter, que desde 16 de maio enfrentava várias milícias islamitas na cidade. EFE

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