Ativistas denunciam suposto ataque químico na capital síria

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 15h55
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Beirute, 24 set (EFE).- Ativistas e opositores sírios denunciaram nesta quarta-feira um suposto ataque com gases tóxicos por parte das forças do regime de Bashar al Assad contra a zona industrial de Adra, situada ao norte da capital Damasco, onde ocorreram várias mortes.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), que citou ativistas presentes no local, informou que pelo menos oito pessoas morreram em um bombardeio do Exército, que supostamente utilizou gases venenosos.

Os mortos são soldados e civis capturados por grupos islamitas quando estes tomaram o controle de Adra.

Por sua vez, a Frente Islâmica, a principal aliança armada islamita da Síria, confirmou o ataque e reduziu o número de mortos para sete, mas destacou que há muitos feridos.

Essa organização divulgou um vídeo no qual apareciam vários homens supostamente afetados pelos gases com convulsões e problemas respiratórios.

Na gravação, vários médicos tentam atender as vítimas, que estão deitadas no chão, e algumas delas estão com máscaras de oxigênio.

Há três dias, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, afirmou que o regime de Bashar al Assad terá que prestar contas pelo uso de gás cloro como arma química, algo que foi confirmado pelo relatório da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq).

A Síria assinou, em outubro do ano passado, a Convenção de Armas Químicas, que proíbe a produção, o armazenamento e a utilização de armas químicas, entre elas o gás cloro, um produto industrial que pode ser utilizado como arma.

A Opaq garantiu na semana passada em um relatório que tem provas “convincentes” do uso sistemático e repetido de gás cloro como arma química na Síria.

Nos últimos meses, houve várias denúncias desses ataques no território sírio, dos quais as autoridades e os rebeldes se acusam mutuamente.

Há duas semanas, a missão da ONU e da Opaq no território sírio considerou que o arsenal químico declarado pelo regime de Damasco foi desmantelado.

Essa missão esteve na Síria há quase um ano, depois de um ataque químico nos arredores de Damasco. Os EUA culparam o governo sírio por essa ação, mas o regime de Assad negou categoricamente.

Em setembro de 2013, EUA e Rússia selaram um acordo para o desmantelamento do arsenal químico do regime sírio que evitou uma intervenção americana no país árabe. EFE

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