Ativistas iniciam marcha de 40 dias para pedir medidas contra racismo nos EUA

  • Por Agencia EFE
  • 01/08/2015 19h58
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Washington, 1 ago (EFE).- Ativistas em defesa dos afro-americanos deram início neste sábado a uma marcha de 40 dias até Washington (Estados Unidos) para chamar a atenção sobre as injustiças raciais e reivindicar mudanças severas nas políticas de direito a voto, educação e emprego, além de diretrizes sobre o uso da força policial.

Os participantes da “Travessia pela Justiça” (“Journey for Justice”) percorrerão a pé mais de 1.380 quilômetros dos estados de Alabama, Geórgia, Carolina do Sul, Carolina do Norte e Virgínia até chegar à capital em 11 de setembro. O movimento é organizado pela principal entidade do país sobre o tema, a Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP).

O ato inicial aconteceu em Selma, no Alabama, em frente à Ponte Edmund Pettus, onde há 50 anos dezenas de ativistas afro-americanos foram duramente reprimidos pela polícia no chamado “Domingo Sangrento”.

“Marchamos por nossas vidas, nossos votos, nossos empregos, nossas escolas. Pedimos reformas políticas reais e necessitamos do apoio de todo o país”, disse o responsável pela NAACP na região sudoeste, Quincy Bates, à rede de televisão “NBC News”.

O grupo também pede “ação federal para assegurar que cada estudante tenha acesso a uma educação segura e de qualidade, independentemente de onde resida ou a renda da família”, e a aprovação de medidas para elevar o salário mínimo e “priorizar a criação de emprego e a formação profissional”.

Por último, a NAACP reivindica a criação de “padrões nacionais sobre o uso da força para todos os agentes de segurança” e a aprovação de uma lei contra as práticas policiais que perseguem pessoas em função de sua raça.

A marcha começa poucos dias antes de completar um ano desde que um jovem afro-americano foi morto por um policial branco em Ferguson (Missouri).

Os organizadores não forneceram o número de ativistas que participa da caminhada. Na capital americana, eles planejam fazer uma celebração com discursos e atos com o lema “Nossas vidas, nossos votos, nossos empregos, nossas escolas importam”. EFE

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