Ato contra prisão de manifestantes termina com 6 detidos em São Paulo
São Paulo, 1 jul (EFE).- A Polícia Militar utilizou gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar nesta terça-feira uma manifestação no centro de São Paulo, organizada para protestar contra a prisão de dois ativistas na semana passada.
O ato convocado para esta noite na Praça Roosevelt contou com a presença de 300 pessoas, segundo a PM, e os incidentes começaram quando dois advogados ativistas foram detidos depois que questionaram as autoridades sobre o procedimento dos policiais, que revistavam, exigiam documentos e anotavam os nomes das pessoas que estavam no evento.
A assessoria de imprensa da PM confirmou para a Agência Efe as prisões, mas não quis oferecer detalhes sobre os motivos das mesmas.
Depois das detenções dos advogados, os manifestantes tentaram encurralar os policiais que acompanhavam o protesto e o Batalhão de Choque reagiu contra o grupo.
Na confusão, outras quatro pessoas foram detidas e levadas para o 78º Distrito Policial, o mesmo local para onde foram transferidos os advogados detidos anteriormente.
A manifestação foi convocada para debater as prisões de Rafael Lusvarghi e Fábio Harano em um protesto contra os gastos públicos na Copa na semana passada. A Justiça decretou a prisão preventiva dos mesmos e os indiciou por cinco crimes: associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, incitação à violência, resistência e desobediência.
No ato de hoje participaram representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), do Sindicato dos Metroviários e de grupos de direitos humanos.
O Movimento Passe Livre (MPL) convocou para amanhã um ato semelhante em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça de Sé. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.