Atos contra ataques israelenses em Gaza são realizados em Londres e Paris
Londres/Paris, 19 jul (EFE).- Milhares de pessoas participaram neste sábado de manifestação contra os ataques israelenses em Gaza realizada no centro de Londres, em dia de protesto também em Paris, na França.
Em cartazes, o público mostrava ainda apoio aos palestinos e toda a população da faixa, cobrando pela paz. O ato começou nas proximidades da residência do primeiro-ministro, David Cameron, e acabou perto da embaixada israelense, no bairro de Kensington.
A diretora da Campanha de Solidariedade com a Palestina, Sarah Colborne, uma das organizadores da manifestação, afirmou que Londres tem “mostrado comoção pelos ataques de Israel contra a população refugiada de Gaza”.
O grupo avalia que cerca de 15 mil pessoas foram às ruas, para dar um grito de “Basta!” contra a situação. Segundo Colborne, todos os presentes cobram “justiça e liberdade” para os palestinos”.
A deputada trabalhista Diane Abbott e o líder trabalhista britânico, Ed Miliband, discursaram na manifestação, pedindo fim dos ataques.
“Vi o temor de Israel pelos ataques com foguetes injustificáveis e horríveis do Hamas a partir de Gaza. Defendo o direito de Israel se defender, mas não posso explicar, justificar ou defender as horríveis mortes de centenas de palestinos”, disse Miliband.
Ontem à noite, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, avaliaram por telefone a deterioração da situação em Gaza, segundo informou Downing Street.
“Ambos líderes reiteraram seu apoio ao direito de Israel a tomar uma ação proporcionada para se defender dos ataques com foguetes de Gaza”, disse uma porta-voz do governo do Reino Unido.
Em Paris houve ato apesar da proibição administrativa – confirmada pela justiça -, que reuniu centenas de pessoas. O principal foco da concentração popular aconteceu no tradicional bairro de Barbès.
Os manifestantes chegaram a subir em um edifício em obras e a um prédio do metrô, onde colocaram faixas e cartazes, além de bandeiras de Palestina, França e outros países árabes.
Um forte aparato policial foi montado para conter os protestos, para impedir que o grupo saísse em marcha pelas ruas da cidade. Um número não-divulgado de manifestantes acabou sendo detido, por agitação.
Pelo menos 311 palestinos, em grande maioria civis, morreram e mais de 2.200 ficaram feridos nos 12 dias que dura a ofensiva israelense contra Gaza, conhecida como operação “Limite Protetor”, segundo fontes médicas palestinas. EFE
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